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Estado registra redução de 20% em casos de meningite

 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), notificou, nos primeiros cinco meses do ano, 75 casos suspeitos de meningite na Paraíba. Destes, 20 foram confirmados, o que caracteriza uma redução de 20% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram confirmados 25 casos da doença. As maiores ocorrências foram registradas em João Pessoa (6), Campina Grande (2) e Boqueirão (2).

 

Segundo a gerente executiva de Vigilância em Saúde, da SES, Talita Tavares, os casos estão ocorrendo de forma isolada, em diferentes cidades e não há indicação de vacinação de bloqueio, segundo os protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde (MS). “Na maioria dos casos, foi identificado que o agente causador da doença não foi o meningococo, e sim outras bactérias”, enfatizou.

 

Talita explicou que notificar uma doença de interesse público não remete diretamente a surto ou a uma situação de epidemia, para nenhuma doença. “A notificação sinaliza que a rede de serviços de saúde está vigilante, possibilitando, através da investigação epidemiológica do caso notificado, a confirmação ou não da ocorrência da doença naquele território”, disse, lembrando que todos os casos devem ser notificados pelos municípios na semana de ocorrência da suspeita, para o desenvolvimento das ações necessárias. Segundo ela, no momento não há alteração no diagrama de controle para a doença em nenhum município.

 

A meningite – É uma inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro, e pode ser viral ou bacteriana. A bacteriana, também conhecida como meningite meningocócica, é a forma mais agressiva da doença. Se for a causada por bactéria, o tratamento é com antibiótico, mas só depois de diagnóstico através de exame, feito por punção na coluna lombar, retirando uma amostra do líquido cefalorraquidiano (LCR) para análise. Se for confirmado, o caso tem que ser informado à Secretaria de Saúde Municipal, por ser de notificação compulsória, então, é feita uma investigação para identificar os familiares e pessoas próximas ao paciente e fazer uma quimioprofilaxia para evitar a propagação da doença, contagiosa através de contato com a saliva do paciente.

 

A meningite viral é causada por vírus que costumam se manifestar no verão e afetar, principalmente, jovens a partir dos 15 anos. Este tipo é menos grave e desenvolve sintomas parecidos com os da gripe, como febre, mal-estar e dores no corpo. Sintomas que, se tratados corretamente, podem desaparecer em 10 dias. A transmissão é feita por contato direto com secreções de pessoas infectadas.

 

Pode ser transmitida pelo doente ou pelo portador, através da fala, tosse, espirros e beijos, passando da garganta de uma pessoa para outra. Nem todos que adquirem o meningococo ficam doentes, pois o organismo se defende com os anticorpos que cria, através do contato com essas mesmas bactérias, adquirindo, portanto, resistência à doença. As crianças de seis meses a um ano são as mais vulneráveis ao meningococo porque, geralmente, ainda não desenvolveram anticorpos para combatê-la. É uma doença grave e é importante estar alerta para os sinais e sintomas porque, se diagnosticada e tratada imediatamente, pode ser curada sem deixar sequelas para o doente.

 

Sinais e sintomas – Febre alta, dor de cabeça forte, vômitos (nem sempre, inicialmente), rigidez no pescoço (dificuldade em movimentar a cabeça), manchas vinhosas na pele, estado de desânimo, moleza. Nos bebês, pode-se também observar moleira tensa ou elevada, gemido quando tocado, inquietação com choro agudo, rigidez corporal com movimentos involuntários, ou corpo “mole”, largado.

 

Tratamento – Pode ser realizado em qualquer hospital que tenha Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os hospitais referência no tratamento da meningite na Paraíba são: Hospital Universitário Lauro Wanderley (HU) e Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa, além do Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande.

 

Prevenção – A vacina contra Meningococo C está atualmente disponível na rede pública para crianças com menos de um ano (doses aos 3, 5 e 15 meses), pois faz parte do Calendário Básico de Vacinação da Criança, do Ministério da Saúde. A vacina contra o Haemophilus influenzae tipo B também protege contra a meningite e faz parte do calendário.

 

De acordo com a Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (Gevs), as Vigilâncias Municipais de Saúde devem orientar a população sobre a prevenção e notificar, imediatamente, à SES, sobre a ocorrência de qualquer caso suspeito de meningite. Para isso, foi disponibilizado o telefone 8828-2522 (plantão 24 horas).

 

A SES faz o monitoramento constante de ocorrências das doenças de notificação compulsória (obrigatória). Quando alguma delas sai do que é considerado padrão de normalidade, a SES faz orientações aos municípios, envia notas técnicas, além de capacitar profissionais e fazer orientações de vigilância.

 

Para maiores informações e esclarecimentos, entrar em contato com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) (83-8828-2522) ou Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (83-3218-7331).



Redação com Secom

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