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Estado da Paraíba já registra 45 casos de bebês nascidos com microcefalia

Os dados do Ministério da Saúde são atuais. Exames feitos com o líquido amniótico de dois bebês com microcefalia em Campina Grande confirmaram que houve infecção por Zika vírus durante a gestação, segundo informações divulgadas na terça-feira (17) pela Secretaria de Saúde da cidade.
Segundo o Ministério da Saúde, 45  casos de microcefalia foram registrados na paraíba. O Ministério da Saúde estuda a relação destes casos com a Zika, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável pela dengue. 

 

Em todo o País, o número de casos de bebês nascidos com microcefalia já ultrapassa a marca dos 500. A expansão do número de casos impressionou técnicos do próprio Ministério da Saúde, que nesta segunda, 23, deve divulgar os indicadores oficiais. A doença, uma má-formação ganhou níveis epidêmicos nos últimos três meses. Há duas semanas, diante do aumento de casos, foi decretado estado de emergência sanitária nacional. A maior suspeita é a de que os números, até então nunca vistos em nenhum País do mundo, são resultado da infecção da mãe durante a gestação pelo zika vírus. Até o momento 45 casos de microcefalia foram registrados na Paraíba  sendo dois no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande.

O pesquisador da Fiocruz Rivaldo Cunha estima que chegaremos até o fim do ano com cerca de 2 mil casos de microcefalia. “Estamos diante de uma tríplice epidemia”, afirmou, numa referência à chikungunya e à dengue, doenças que têm em comum com a zika o transmissor: o mosquito Aedes aegypti e que também avançam no País.

Este ano, os indicadores de dengue bateram recorde, tanto em notificações de infecções quanto de mortes. Números indicam que a chikungunya, que chegou ano passado no Brasil e permaneceu nos primeiros meses concentrada em um pequeno número de cidades também avança pelo Brasil. Em 2014, a infecção foi identificada em 3.657 pessoas, residentes em oito cidades. Agora, o número de casos suspeitos ultrapassada 8 mil e estão espalhados em pelo menos 44 municípios nos Estados do Amazonas, Amapá, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.

Somente em Pernambuco, foram notificados 785 casos suspeitos de chikungunya. Embora o risco de morte seja menor, a doença pode atingir as articulações, tornar-se crônica e deixar o paciente por meses impossibilitado de executar tarefas simples, como vestir-se ou se alimentar. Além da forte suspeita de provocar microcefalia nos bebês (má-formação que de acordo com níveis pode levar a ter deficiência mental, motora, problemas de audição e visão), há investigações sobre o risco de a zika provocar em parte de pacientes uma doença autoimune, que provoca paralisia, a Guillaim-Barré. Há registros de casos no Brasil tanto na Bahia quanto em Pernambuco. Os pacientes geralmente desenvolvem o problema semanas depois da fase aguda da infecção por zika. O tratamento exige internação e demanda um longo período, até a completa reabilitação.

 

João Pessoa – Gestantes com sorologia positiva para Zika vírus devem ser atendidas seguindo o protocolo para gravidez de alto risco e encaminhadas para unidades de referência em João Pessoa. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (23) durante uma reunião com gestores e representantes das maternidades públicas e da rede privada da capital. Metas para diagnóstico e assistência à saúde nos casos de bebês nascidos com microcefalia também foram discutidas. As propostas serão apresentadas à Secretaria de Saúde de João Pessoa para aprovação.

 

“As pacientes diagnosticadas com sorologia positiva [para Zika vírus] elas serão encaminhadas seguindo o mesmo fluxo de atenção da gestante de alto risco, que são hoje a Maternidade Cândida Vargas, a Maternidade Frei Damião e o Hospital Universitário e uma vez triadas nestes serviços, elas sendo negativas voltam para suas unidades básicas e sendo positivas elas vão continuar a assistência nos ambulatórios de pré-natal de alto risco. Quanto aos bebês que nascerem com microcefalia, eles vão ser acompanhados nas maternidades onde nasceram”, disse a diretora geral do Instituto Cândida Vargas, Ana de Lourdes.

A novidade para as usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) é que exames deverão ser realizados para determinar se a gestante tem sorologia positiva para Zika vírus, mas o acesso aos serviços [consultas, exames e pré-natal] continua sendo realizado por meio da Atenção Básica, nas Unidades de Saúde da Família. As gestantes realizarão os exames e acompanhamento do pré-natal como parte do programa Rede Cegonha e, caso necessário, serão encaminhadas para um dos hospitais de referência para atendimento de alto risco, que podem ser o Instituto Cândida Vargas, Hospital Universitário Lauro Wanderley ou a Maternidade Frei Damião.

Redação

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