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Com o MPE: Saúde do Estado volta a discutir casos de esporotricose

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (GEVS), participou nessa terça-feira (22), de uma reunião com o Ministério Público Estadual (MPE) para discutir casos de esporotricose que estão ocorrendo na Paraíba. O encontro faz parte de uma agenda periódica e o intuito foi reforçar a necessidade de alimentação do sistema de notificação por parte dos municípios por meio de formulário FormSUS. Além disso, fortalecer o pedido da medicação para o agravo que deve ser feito pelo equipamento assistencial e/ou município diretamente ao Ministério da Saúde.

A gerente executiva de Vigilância e Saúde, Talita Tavares, explica que o agravo passou a ser de notificação compulsória em 2018 e que, desde agosto do mesmo ano, os profissionais de saúde devem notificar o caso preenchendo a Ficha de Notificação / Investigação disponível online pelo FormSus. “Temos um agravo novo, que precisa ser melhor trabalhado. Não temos os dados de 2018 e nem as análises em sistema, pois os formulários não foram preenchidos. É oficial que temos um FormSus vigente, com solicitação de dados necessários para que o Estado possa ter a magnitude do agravo e assim um fluxo de informações. Se a notificação não chega, não temos como dar suporte aos municípios”, pontua.

O coordenador do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Universitário Lauro Wnaderley, Clodoaldo Silveira Costa, conta que a recuperação das informações referentes a 2018 já foi feita e que agora o núcleo está trabalhando na alimentação do sistema. “Precisávamos de um tempo para fazer isso. Agora podemos passar para o passo seguinte e cumprir essa recomendação do Ministério Público”, afirma.

O grupo de trabalho para discutir os casos de esporotricose foi formado pelo MPE e MPF ainda em 2018 e conta com a participação de vários órgãos ligados à saúde de humanos e ao bem-estar animal. Estiveram presentes na reunião representantes da SES, do HU, da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa e do Conselho Regional de Medicina Veterinária.

Esporotricose – micose subcutânea que surge quando o fungo do gênero Sporothrix entra no organismo, por meio de uma ferida na pele. A doença pode afetar tanto humanos quanto animais. A infecção ocorre, principalmente, pelo contato do fungo na pele ou mucosa por meio de trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; arranhadura ou mordedura de animais doentes, sendo o gato o mais comum.

Os sintomas aparecem após a contaminação do fungo na pele e o desenvolvimento da lesão inicial é bem similar a uma picada de inseto, podendo evoluir para cura espontânea. As formas clínicas da doença vão depender de fatores, como o estado imunológico do indivíduo e a profundidade da lesão. O período de incubação é variável, de uma semana a um mês, podendo chegar a seis meses após a inoculação, ou seja, entrada do fungo no organismo humano. Nos felinos os sinais mais comuns são lesões ulceradas na pele, profundas, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente. As lesões são mais comuns na cabeça, cauda e patas.

Os casos suspeitos deverão ser avaliados pelos serviços de Vigilância Ambiental/Zoonoses dos municípios. Entre as medidas de prevenção estão usar luvas para manipular os animais doentes; limpar o ambiente com água sanitária; durante o tratamento, o animal doente deverá transmitir a doença ao proprietário; cremar os animais mortos; não fazer curativos e nem dar banho em animais doentes e castrar gatos e gatas saudáveis pra diminuir as saídas às ruas e a possibilidade de transmissão da doença. Em João Pessoa, o HU é a unidade de referência para atendimento e tratamento de casos de esporotricose.

 

Secom

 


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