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Cirurgiões pediátricos aguardam que promessas sejam cumpridas

A rede pública de hospitais da Paraíba está há 15 dias sem realizar cirurgias pediátricas. Os 12 médicos da Cooperativa dos Cirurgiões da Paraíba (Coopecir-PB) paralisaram a prestação de seus serviços desde o dia 3 de dezembro por estarem sem receber pagamento de outubro e novembro, nem terem seus contratos renovados desde setembro. Apesar da Secretaria Estadual de Saúde (SES) informar, através da mídia, que o problema está sendo resolvido, nenhuma promessa ainda foi cumprida.

“Os médicos estão esperando que aconteça o que está sendo publicado nos jornais e nas TVs para voltarem ao trabalho. Infelizmente, o que tem sido dito não é o que tem sido feito. A saúde da Paraíba está à deriva e queremos saber quem vai assumir essa responsabilidade”, ressaltou o presidente da Coopecir-PB, Marcus Maia.

No dia 3 de dezembro, quando os cirurgiões anunciaram na mídia que a situação estava insustentável e que não prestariam mais seus serviços, a SES, através de sua assessoria de imprensa, divulgou em jornal de uma TV local que o contrato seria assinado neste mesmo dia.

O Secretário de Saúde, José Maria de França, informou na imprensa que já estava sendo regularizada a assinatura da renovação dos contratos com os médicos. “Infelizmente, nenhuma dessas promessas saiu do discurso. Estamos muito preocupados”, completa Marcus Maia.

No último dia 13, em reunião no Conselho Regional de Medicina da Paraíba, a diretora técnica do hospital Infantil Arlinda Marques, Maria das Neves Chianca, e a diretora técnica do Hospital de Emergência e Trauma, Aleuda Nágila, afirmaram que não há problemas de atendimento à população nos dois hospitais, quando indagadas pela diretoria do CRM sobre os contratos com as cooperativas. Elas também afirmar à imprensa presente à reunião que essa questão já estava sendo resolvida e que não era necessário nenhum temor por parte da população.

De acordo com a Coopecir, por mês, os hospitais de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena e o Arlinda Marques realizam cerca de 300 cirurgias de pequena, média e alta complexidade.

No ambulatório do Arlinda Marques, cerca de 40 crianças estão deixando de ser atendidas diariamente. Marcus Maia ressaltou que em nenhum dos dois hospitais há cirurgiões pediátricos no quadro efetivo e os procedimentos cirúrgicos são feitos exclusivamente pelos médicos contratados através da cooperativa.
 

 

 

Assessoria

 

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