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Cabedelo promove capacitação pioneira sobre Monkeypox voltada aos profissionais de saúde

A Prefeitura Municipal de Cabedelo (PMC), por meio da Secretaria de Saúde (Sescab) do município, realizou, nessa segunda-feira (8), uma capacitação inédita de atualização para os profissionais que atuam com a saúde sobre a chamada Varíola dos Macacos.

Sob o título de “Monkeypox: O que sabemos e qual a sua importância para a saúde pública”, o evento foi realizado no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e reuniu cerca de 100 participantes, dentre profissionais de saúde do município, residentes e internos do curso de medicina, comunidade portuária e aeroportuária da Paraíba.

A programação contou com aulas especiais, orientações e palestras proferidas por especialistas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e das Secretarias de Saúde da Prefeitura de Cabedelo e do Governo do Estado.

A capacitação consistiu no repasse de informações referentes à doença – declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um surto de emergência pública de preocupação internacional. A iniciativa do evento foi da Sescab, através da direção clínica do Hospital Municipal Padre Alfredo Barbosa (HMMPAB) e Coordenação de Vigilância em Saúde, em uma parceria com a FCM e a coordenação de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados no estado da Paraíba (CVPAF-PB), vinculada à Anvisa. O evento ainda contou com a participação de representantes da Gerência Operacional de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) da Secretaria de Estado da Paraíba.

“Primeiramente parabenizamos os profissionais de Cabedelo que estão sempre se antecipando e inovando em diversas iniciativas em prol da saúde pública. Tudo isso me faz recordar tudo o que passamos e ainda estamos passando com a pandemia de Covid 19, quando também fizemos toda articulação com outros órgãos estaduais e enfrentamos tudo com grandeza e segurança. Agora não será diferente! Acredito que o momento é de preparação para trabalharmos com mais eficiência e também pela proteção de todos os profissionais. Só temos a agradecer pela parceria com a FCM, Anvisa e também com a secretaria de Saúde do Estado”, destacou o secretário de Saúde de Cabedelo, Murilo Suassuna.

Palestras – Um dos palestrantes do evento foi o epidemiologista Júlio César Colpo, especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da Anvisa, que trouxe as informações gerais sobre o tema.

“O objetivo dessa capacitação é a instrução e os cuidados que devem ser realizados com relação a esse novo evento de saúde pública, que é a monkeypox. Essa iniciativa está ocorrendo em alguns lugares do país, mas com relação a portos, aeroportos e fronteiras, acredito que esse tenha sido o primeiro. E a principal vantagem é ter conhecimento para prevenir a doença” , disse.

Coube ao diretor clínico do HMMPAB e um dos idealizadores do evento, Otávio Pinho, dissertar sobre o “Fluxo assistencial para os casos suspeitos e confirmados de Monkeypox”.

“Foi importante abordar o que é a doença; como encaminhar um caso suspeito ou confirmad; como se dá a transmissão… E é fundamental que a Atenção Básica tome conhecimento de tudo pra saber como proceder e evitar alaridos que não condizem com o procedimento a ser feito”, destacou Pinho.

As últimas orientações da capacitação foram passadas pela médica infectologista Joana Dar’c Frade, que destacou a importância sobre tratamento da doença, histórico, monitoramento e atualização sobre os casos.

“Já trabalhei neste município e sei que é muito importante que essas capacitações estejam começando por aqui, por ser porta de entrada. Temos que nos reacostumar com o uso dos EPIs e também nos preocupar com o isolamento de casos suspeitos. Toda equipe de saúde precisa estar envolvida desde o acolhimento inicial do paciente. Temos que suspeitar, pedir exames e reportar pra tentar evitar a transmissão comunitária”, concluiu.

Sobre a doença – Monkeypox é uma doença causada pelo vírus Monkeypox do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. O nome deriva da espécie em que a doença foi inicialmente descrita em 1958. Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus.

A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A erupção geralmente se desenvolve pelo rosto e depois se espalha para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. Os casos recentemente detectados apresentaram uma preponderância de lesões na área genital.

A erupção cutânea passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas. A diferença na aparência com a varicela ou com a sífilis é a evolução uniforme das lesões.

A Organização Mundial da Saúde emitiu alerta sobre casos da doença em países não endêmicos. Desta forma, em 23 de maio foi ativada Sala de Situação de Monkeypox, na Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde para coordenar a resposta aos casos prováveis da doença no país e organizar as ações relacionadas à vigilância e assistência à saúde. Esta estrutura permite detectar casos, avaliar os riscos e impactos à saúde e; monitorar e analisar os dados para subsidiar a tomada de decisão dos gestores e técnicos, nas orientações estratégicas adequadas e oportunas para o enfrentamento do evento de saúde pública.

PB Agora

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