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Aumentam casos de queimaduras na PB

Aumentam casos de queimaduras na PB no período junino e Traumas de CG e JP lançam campanha preventiva

Com a chegada do período junino aumenta os casos de queimaduras principalmente nos dias de fogueira; 12, 23 e 28 de junho, quando tradicionalmente se celebram no Nordeste as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro. Só que boa parte das queimaduras não acontecem na beira da fogueira, ou durante o manuseio inadequado de fogos de artifícios. Os acidentes com crianças, acontecem na cozinha, quando os país estão no fogão, preparando as comidas típicas da época.

As estatísticas atestam o crescimento dos casos de queimaduras no período junino. Entre os dias 22 e 25 de junho, período das festas juninas, o Hospital de Emergência e Trauma em João Pessoa atendeu 32 pessoas vítimas de queimaduras. Já no Hospital de Trauma de Campina Grande, no Agreste paraibano, nos dias 23 e 24 de junho 18 pessoas deram entrada com queimaduras. De 1º até o dia 25 de junho do ano passado, o Trauma de Campina Grande registrou 35 ocorrências. Já no mesmo período de 2011, foram 34 casos de queimados.

Para mudar esses dados e evitar que a alegria do São João seja interrompida por acidentes, o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes em Campina Grande lançou a Campanha de Prevenção de Queimaduras com o slogan “Neste São João Não Acenda o Perigo”. Durante a campanha, que vai até o próximo dia 30, será distribuído material educativo com objetivo de alertar as pessoas para o perigo de manusear fogos de artifício de forma inadequada. Além disso, haverá palestras educativas em escolas públicas e privadas e panfletagem em pontos estratégicos de Campina Grande.
Para o diretor técnico do Trauma-CG, Flawber Cruz, ao longo dos anos, a iniciativa adquiriu grande aceitação popular e tem contribuído para a prevenção de agravos à saúde na região.

Segundo dados do Trauma – CG, cerca de 70% das ocorrências de fogos de artifícios envolvem crianças. A maior quantidade de queimaduras acontece nos dias 12, 23 e 28 de junho, respectivamente, vésperas dos dias de Santo Antônio, São João e São Pedro, quando o nordestino mantém a tradição de acender fogueiras e fogos de artifício.

No mês de junho do ano passado, a Unidade de Queimados registrou 103 admissões; destas, 35 foram provocadas por fogos de artifício ou fogueiras juninas, sendo 26 crianças com idades entre zero e 12 anos e os demais causados por líquidos quentes e choque elétrico, entre outros. De acordo com dados da Unidade Hospitalar, as principais vítimas de queimaduras são crianças de até seis anos de idade.

A Coordenação da Campanha orienta os pais a tomarem alguns cuidados para evitar que a festa termine em tragédia. Em caso de queimaduras, deve-se evitar utilizar medicamentos sem consulta médica. Constatado o problema, o ideal é procurar imediatamente o Hospital de Trauma – CG.
Não se pode usar creme dental, café, açúcar, vinagre ou outro produto similar na queimadura, pois prejudicam ainda mais o ferimento. Logo que a pessoa for queimada, deve-se colocar a área atingida embaixo d’água. No setor para esse atendimento especializado, o Hospital de Trauma conta com uma equipe de oito cirurgiões plásticos, nove enfermeiros, 13 técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas.

O Hospital de Trauma de João Pessoa também lançou campanha semelhante. De janeiro a maio de 2013 já foram 502 pessoas queimadas na capital e a média anual é de 1500 casos. Em junho, já foram registrados sete queimados com fogos em João Pessoa.

Em João Pessoa, a campanha é intitulada ‘Marcas que ficam para sempre’ e visa minimizar as estatísticas. O diretor da unidade de tratamento de queimados do Trauma de João Pessoa, Saulo Montenegro, explicou que, principalmente nas crianças com idade entre 0 e 12 anos, as sequelas são prolongadas.

O médico ressalta que o período também é propício para queimaduras com líquidos quentes, não só com fogos de artifício. No caso de qualquer queimadura, é necessário lavar a área com água corrente para higienizar, procedimento que pode, em alguns casos, até diminuir a profundidade da lesão. Saulo Montenegro ainda afirma que deve-se envolver o local machucado com panos limpos e não passar nenhum produto, encaminhando a vítima para o Trauma.

PB Agora

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