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Aumenta número de cidades da PB com toque de recolher para conter a Covid-19

A Paraíba vive um dos momentos mais críticos da pandemia. Aumento de contaminação do vírus, hospitais atingido capacidade máxima de ocupação em leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), recorde nos números de internações e aumento da taxa de óbitos.  A divulgação dos números da 25ª avaliação do Plano Novo Normal na Paraíba,  com predominância da bandeira amarela, mostrou o avanço da doença no estado. O Estado hoje está movido por decretos que visam conter o avanço do vírus que já contaminou 313.077 paraibanos e tirou 7.336 vidas. Diante dos números alarmantes, vários municípios decretaram toque de recolher.

Além do Decreto Estadual publicado esta semana no Diário Oficial do Estado (DOE),  disciplinando sobre o funcionamento das atividades em cidades com bandeiras laranja e vermelha, os municípios entraram na “guerra” e também publicaram novos decretos com medidas restritivas mais rigorosas em combate ao novo coronavírus.

A Prefeitura de Cajazeiras, no Sertão paraibano, foi uma das primeiras a publicar um  novo decreto com medidas restritivas de combate ao coronavírus.
Válido até 30 de maio, o decreto estabelece toque de recolher entre as 22h e 5h e reduz a flexibilidade em setores considerados críticos, além de outras atividades.

Com o novo decreto, assinado pelo prefeito José Ademir, os bares e restaurantes só poderão atender presencialmente até às 18 horas, com 30% da ocupação, podendo chegar a 50% em áreas abertas. Depois desse horário, só delivery. O novo decreto também estabelece toque de recolher a partir das 22 horas até às 5h.

O prefeito Zé Aldemir explicou que as medidas para conter o avanço do vírus, foram adotadas devido ao aumento dos casos de coronavírus em Cajazeiras e a ocupação de 100% dos leitos hospitalares do Sertão.
O novo decreto, que reduz a flexibilidade em setores considerados críticos do comércio e de outras atividades, já foi publicado no Diário Oficial do Município.

O aumento dos casos de Covid-19, e a mudança da bandeira amarela para a laranja, levou a Prefeitura de Alagoa Grande, no Agreste paraibano, a também publicar um novo decreto com medidas ainda mais restritivas para tentar conter o avanço do vírus.
Entre os destaques do novo decreto está o toque de recolher, entre as 22h e 5h, e restrição do horário de funcionamento do comércio. As medidas valem até 31 de maio.

Segundo o decreto, durante o período de vigência da norma, os deslocamentos das pessoas no horário do toque de recolher só devem ser feitos para atividades essenciais, devidamente justificadas, ficando o responsável pelas informações sujeito às penalidades legais caso não comprove a veracidade da justificativa.

Além do toque de recolher, foram decretadas também as medidas restritivas nos hipermercados, supermercados, açougues, peixarias, padarias e lojas de conveniência em postos de combustíveis  que só podem funcionar até às 18h, de segunda a sábado. Está proibido o consumo de bebidas e comidas nestes locais.

Pelo novo decreto, as feiras livres podem funcionar normalmente com o uso obrigatório de máscara, vedada a venda de bebidas alcoólicas. Estas feiras vão acontecer apenas nos dias 21 e 28 de maio.
As lojas de autopeças, motopeças, produtos agropecuários e insumos de informática só podem funcionar de segunda a sábado até às 18h.

Já os bares e restaurantes, pizzarias, lanchonetes, espetinhos, lojas de conveniência e estabelecimentos similares só podem funcionar por delivery ou drive-thru.
As escolas, creches e faculdades, públicas e privadas, só podem funcionar com aulas remotas, enquanto as atividades religiosas podem acontecer apenas com até 30% da capacidade dos templos.

Em São Mamede, no Seridó paraibano, a prefeitura também publicou um novo decreto com medidas mais restritivas no combate à Covid-19  até o dia 30 de maio. Além do toque de recolher, o decreto ainda proíbe a prática de esportes ao ar livre e o fechamento de casas de jogos.

De acordo com o decreto, o toque de recolher, mas com horário das 21h às 05h. Já os estabelecimentos como bares, restaurantes, lanchonetes só podem funcionar no formato delivery ou pague e leve até as 21h.

Nesse período de restrições, o comércio de ambulantes, feira livre e informal estão proibidos. Já os salões de beleza, barbearias e cuidados pessoais somente com a capacidade reduzida e por agendamento.

A avaliação do 25 ª Plano Novo Normal, revelou um aumento significativo da bandeira amarela, o que representa agravamento da Covid-19. O número de cidades da Paraíba que saíram da bandeira amarela e entraram na bandeira laranja passou de 14 para 153.  Dos 223 municípios paraibanos,  60 estão  na bandeira amarela e outros 10 na bandeira vermelha. O estado continua sem municípios na bandeira verde.

Em Barra de Santa Rosa, no Curimataú paraibano, a prefeitura municipal foi mais rigorosa e decretou lockdown por 15 dias. As atividades econômicas na cidade, estão proibidas neste tempo. A população foi orientada a permanecer em casa durante o período de lockdown, e só sair nos casos extremos.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito da cidade,  Neto Nepomuceno, confirmou que será suspenso o funcionamento de bares, restaurantes, feiras livres, academias e escolas nos próximos 15 dias.

A última cidade a disciplinar o funcionamento de algumas atividades, com um decreto com novas medidas de combate à disseminação da Covid-19, foi Conde, na Paraíba,
As regras se estenderão até o dia 2 de junho. Entre as principais medidas está a manutenção do toque de recolher das 22h às 5h e a proibição de aglomerações em todo o território do Conde, seja em ambientes fechados ou em vias públicas.

Essa semana, o governador João Azevedo (Cidadania), voltou a fazer um apelo à população para seguir os protocolos sanitários, como uso de máscaras, e o distanciamento social.  O Secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros, também apelou a população para ajudar o Estado a continuar salvando vidas na guerra contra a Covid-19.

Severino Lopes
PB Agora

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