Após entrar em atrito com o vereador João Dantas (PSD), o vereador Murilo Galdino (PSB), voltou a criticar a forma como a CPI do Tesoureiro está sendo conduzida na Câmara Municipal de Campina Grande.
Em entrevista a Rádio Clube AM ele disse que vê com temeridade a CPI instalada para apurar as denúncias formuladas pelo ex-tesoureiro da PMCG Rennan Trajano. Líder da oposição na Casa, Murilo disse que há direcionamento para a questão política e para alguns cidadãos.
Ele questionou o motivo de Rennan Trajano denunciar um ministro do TCU e um deputado federal e não ter coragem de denunciar vereadores ou ex-vereadores de Campina Grande, determinar o que vai ser falado e quem será chamado para depor nas oitivas.
– Se as denúncias forem comprovadas pela Justiça, que pague quem fez, mas fica complicado para a população entender isso. Como ele denuncia um e não tem coragem de denunciar outro? Parece que ele só quer atingir aquela pessoa que está incomodando ele por algum motivo. Ele fala o que quer, direciona a CPI e se limita a falar apenas sobre a JGR. Acho que a CPI deveria ter questionado mais e dizer o que vai ser feito e não deixar ele dizer quem a CPI deve convocar. Acho que a CPI perde um pouco da credibilidade quando não quer investigar de uma maneira geral todas as denúncias feitas – disse Galdino.
Segundo o vereador, um dos motivos para a diminuição da credibilidade da CPI é a atitude do presidente da Comissão, o vereador João Dantas, que não deixa os vereadores se manifestarem.
Além de Murilo Galdino, o vereador Napoleão Maracajá (PCdoB), também criticou a CPI. Em entrevista a Rádio Caturité AM, Napoleão afirmou que existe uma blindagem na Casa Félix Araújo em favor do atual governo municipal.
– Eu sinto que houve uma certa blindagem, uma proteção no Executivo que é muito ruim nessa Casa. Isso macula a imagem dessa Casa – concluiu.
Ele esclareceu o motivo de não ter comparecido às primeiras sessões da CPI.
– Elas não eram importantes. Eram CPIs para aprovar requerimento e nome dos convocados. Para mim a audiência mais importante era ontem porque estava depondo o delator, o cidadão que propiciou todas as denúncias contra o Executivo e o Legislativo – justificou.
PBAgora