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UNIÃO: dirigentes entram em sintonia contra redução do número de vagas na Câmara e na ALPB

UNIÃO: partidos adversários entram em sintonia contra redução do número de vagas da Paraíba na Câmara e na ALPB

O que a política não une? Pois é, desta vez adversários estavam com discurso único de lamentação sobre a redução das vagas para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa destinadas ao estado da Paraíba. Assim, o TSE-Tribunal Superior Eleitoral determinou a redução de duas vagas para deputado federal e seis para deputado estadual. A decisão pode começar a valer para as eleições de outubro e o fato causou revolta e muitas contas para fazer.

 

Segundo o presidente estadual do PPS, o vice-prefeito de João Pessoa, Nonato Bandeira, será necessário um coeficiente de 68 a 70 mil votos no mínimo para que os eleitores possam eleger um deputado estadual. Para ele, a decisão é negativa, mas se for aceita em última instância deverá ser cumprida.

 

"A decisão é negativa principalmente em um ano eleitoral. Tem que se adaptar a realidade se essa decisão for mantida em última instância. Não caberá discutir e sim terá que cumprir. O coeficiente eleitoral que foi de 56 mil deve passar para 68 a 70 mil para eleger um deputado, por exemplo para a Assembleia. Os partidos devem refazer contas.Nós vamos fazer coligação com os pequenos partidos. É uma tradição do PPS, na majoritária estaremos com o PSDB, mas na proporcional nós vamos procurar e já estamos adiantados com vários partidos do mesmo tamanho do PPS para tentar fazer de cinco a seis deputados, com esse número de legendas no arco de aliança", salientou Nonato Bandeira.

 

Já o presidente do PMDB, o ex-governador e senador da Paraíba, José Maranhão que talvez tente uma vaga na Câmara Federal e seria, de certa maneira prejudicado com a nova decisão, disse que a atitude de redução de vagas seria um retrocesso da democracia.

 

"A população fica sub representada, quantitativa e qualitativamente menos representada nas casas legislativas. É um retrocesso para a democracia. Eu acho que essa decisão vai parar no Supremo e ele pode modificá-la".

 

O presidente do PSB, Edvaldo Rosas que é suplente de deputado federal e que tentou emplacar seu espaço na Câmara Federal também reclamou da decisão e avisou que o Brasil precisa de uma reforma política para que se termine as tentativas de ‘costurar uma colcha de retalhos’ com leis anuais que não mudam nada o processo eleitoral e suas conjunturas políticas nacionais.

 

"Já temos tão poucos parlamentares que defendem a Paraíba, que reduzir duas vagas, significa que o Estado vai perder representação. Isso é muito ruim para nós, principalmente que porque precisamos fortalecer a nossa bancada e ter uma agenda positiva para o estado que hoje não tem ainda. Nós esperamos que a ação do Governo do Estado para reverter essa redução seja julgada a tempo e possibilite que voltemos a ter os 12 deputados federais. Acho que é necessário e urgente uma reforma política que possibilite a gente não ter a cada ano uma nova resolução, a reforma tem sido como colcha de retalho e nada avança".

 

Vanessa de Melo 

PB Agora

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