O ministro Joelson Dias, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou, em caráter liminar, a suspensão de trecho em que a propaganda da presidenciável Dilma Rousseff (PT) acusava a campanha do tucano José Serra de um "suposto caixa dois" no episódio envolvendo o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. A decisão, tomada nesta terça-feira (19), foi confirmada nesta quarta (20) pelo TSE e diz respeito a inserções veiculadas pela primeira vez ontem pela campanha dilmista.
Segundo reportagem da revista Isto É, Paulo Preto, como é conhecido o ex-diretor da Dersa, teria fugido com R$ 4 milhões arrecadados para a campanha de Serra ao Palácio do Planalto. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o engenheiro negou ter arrecadado recursos para o PSDB, mas disse ter criado as melhores condições para que houvesse aporte de recursos em campanha, ao dar a palavra final e fazer os pagamentos no prazo às empreiteiras terceirizadas que atuaram nas grandes obras de São Paulo.
Paulo Preto, que recorreu à Corte para conseguir direito de resposta, ainda não teve a demanda analisada.
Na decisão tomada nesta terça, o ministro Joelson Dias explicou que a citação de uma suposta irregularidade na propaganda eleitoral gratuita não assegura de imediato direito de resposta. O magistrado observou ainda que a análise futura do mérito do pedido poderá contemplar uma eventual autorização da veiculação da suspeita de caixa dois.
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