O ministro Arnaldo Versiani, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mandou notificar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para que, se quiserem, apresentem defesa em relação a uma representação do DEM e do PSDB, que os acusam de fazer propaganda eleitoral antecipada.
Segundo os partidos, Lula fez sucessivas citações a Dilma, que seria sua candidata à sucessão no Palácio do Planalto, em um encontro de prefeitos promovido pelo governo em Brasília neste mês. Os partidos querem que os dois sejam punidos com a obrigação de pagarem multa.
O despacho de Versiani foi assinado na última quinta-feira, 19. Mas por causa do feriado de Carnaval, o prazo estipulado pelo ministro de 48 horas para apresentação da defesa a partir da notificação, foi prorrogado. O TSE e o Planalto não informaram na quarta-feira se Lula e ministra já haviam sido notificados.
Na representação, os partidos sustentam que Lula e Dilma praticaram atos vedados pela legislação eleitoral durante evento realizado pelo governo nos dias 10 e 11. O governo anunciou que o evento custou R$ 253 mil. Mas nota de empenho do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), revelada pelo Estado, mostrou que a União desembolsara pelo menos mais R$ 1,35 milhão para pagar as despesas.
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