O Palácio do Planalto teria apelado ao líder do PP o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP), bem como aos demais líderes da base governista na Câmara apoio para concluírem as votações de projetos e emendas constitucionais que possibilitem ao governo alcançar a meta de déficit primário da União de R$ 170,5 bilhões para este ano e novos limites de gastos para o Orçamento da União do próximo ano.
O apelo foi feito pelo próprio presidente interino, Michel Temer, durante almoço com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com a presença dos líderes das bancadas de deputados que apoiam o governo, entre os quais o deputado paraibano Aguinaldo Ribeiro.
Além de Temer, participaram do encontro na residência oficial da Câmara os ministros Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, e o as Relações Institucionais, Geddel Vieira Lima. O governo espera concluir ainda nesta terça-feira (23) as votações do projeto que concedeu mais 20 anos para o pagamento das dívidas dos Estados com a União e a emenda que limita pela inflação medida pelo Índice geral de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) os gastos do governo federal.
Segundo assessores Aguinaldo e demais líderes deixaram o almoço já convocando suas bancadas pelo celular para a sessão da Câmara marcada para esta terça-feira. A falta de quórum é a maior preocupação do Planalto e dos líderes da base de apoio ao governo. Essa é a maior sinalização de que o governo Temer tem mesmo o apoio do Congresso e poderá concluir as votações de projetos necessários para que as metas deficit fiscal deste e do próximo ano sejam atingidas.
O texto principal do projeto renegociação das dívidas dos Estados já foi votado pelos deputados. Restam vários destaques apresentados por partidos como o PT, PSol, PDT e PCdoB que são contra a limitação linear e generalizada dos gastos públicos. Tais emendas abrem brechas para a concessão de reajustes salariais, de investimentos e custeio na execução dos orçamentos dos Estados. Os governistas querem evitar que os partidos de oposição a Temer conseguem adiar a definição da lei – que ainda precisa ser votada pelos senadores – e, consequentemente, dê sinais ao mercado financeiro que o governo não tem a força necessária para concluir o ajuste fiscal.
Redação