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Sobre o que restaria, se Cícero permanecer inelegível e Ricardo sofrer condenação

Não adianta choramingar, e não se trata de concordar ou gostar. Os dois maiores personagens do cenário político de João Pessoa, atualmente, são Ricardo Coutinho (PSB) e Cícero Lucena (PP). Não é uma opinião. É uma constatação.

Uma coisa será a eleição com estes dois na disputa, ou pelo menos um deles. Outra coisa, bem diferente, será uma disputa eleitoral sem Cícero e sem Ricardo. Sem os dois, o processo se apequena. Agrega desinteresse do eleitorado e só restarão os chamados cacarecos.

Um reparo: não podemos considerar que o pré-candidato do MDB, Nilvan Ferreira, seja um cacareco eleitoral. Afinal, o seu nome vinha figurando bem em pesquisas eleitorais recentes e, convenhamos, apesar de não ter tido sucesso nas últimas eleições em João Pessoa, o MDB é um partido que tem história. Nilvan, entretanto, vem perdendo tamanho e a sua pré-campanha perde consistência, numa clara demonstração de que Nilvan esteve grande enquanto estava praticamente sozinho no processo.

Estaca zero
O quadro sucessório em João Pessoa ainda é muito indefinido: Cícero tem pendências a serem resolvidas no Tribunal de Contas da União (TCU); Ricardo Coutinho, embora esteja totalmente elegível, vive na alça de mira do Ministério Público na Operação Calvário, de modo que não seria novidade pra ninguém se do dia pra noite lhe arranjarem uma condenação. Afinal, no Brasil da Lava Jato e de Sérgio Moro tudo é possível.

Na hipótese de uma eventual inelegibilidade de Ricardo Coutinho e Cícero Lucena, o processo eleitoral voltaria à estaca zero; necessariamente, haveria uma rearrumação do quadro mediante um reposicionamento do xadrez político. Seria esta uma partida atípica em que se jogaria xadrez sem rei, sem rainha, um cavalo ali, um bispo acolá e uma “reca” de peão.

No caso de zerar o processo, com a ausência de Ricardo e Cícero, aí sim um ou outro cacareco eleitoral poderá ganhar corpo, porque o eleitorado de Cícero e Ricardo votará em alguém.

O deputado Anísio Maia (PT) que ainda não representa muita coisa nesse processo ganharia tamanho agregando o eleitorado inclinado a votar em Ricardo Coutinho, por exemplo. A propósito, Anísio já começa a ganhar mais significação com o apoio declarado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O que é cacareco
A coluna considera cacareco todos aqueles pré-candidatos que, independe de suas histórias, neste momento do processo eleitoral não significam muita coisa, não despertam o interesse do eleitor e, portanto, não mudam nada: nem fedem e nem cheiram.

 

Wellington Farias
PB Agora

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