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Senadores contra Sarney prometem subir tom em plenário

Os senadores que desejam o afastamento de José Sarney (PMDB-AP) da Presidência da Casa decidiram nesta terça-feira (4) subir o tom em plenário contra o peemedebista. Em uma reunião no gabinete do senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), senadores de PSDB, DEM, PT, PDT, PSB e PMDB criaram ainda um grupo que pretende pressionar o Conselho de Ética a abrir processos contra Sarney. O presidente do Senado deverá fazer nesta tarde um pronunciamento sobre a crise na Casa.

A reação dos adversários de Sarney se deve a ação explícita de enfrentamento adotada por senadores como Renan Calheiros (PMDB-AL) e Fernando Collor (PTB-AL) na sessão dessa segunda-feira (3).

“Hoje nós vamos ser incisivos, substantivos e consistentes. Não vamos aceitar provocação de ninguém. (…) Nossa atitude não deve ser de ameaçar ninguém, mas não vamos aceitar também ameaça de ninguém”, disse Guerra.

O senador Renato Casagrande (PSB-ES) conclamou os aliados de Sarney a apresentar denúncias se tiverem algo contra qualquer dos senadores do grupo. “Esse tom de ameaça é inadmissível”.

Líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), classificou a atitude de Collor de ameaçar Pedro Simon (PMDB-RS) como um “tiro no pé”. “Ontem essa coisa do Collor foi um tiro no pé e pela culatra. Estamos começando uma grande frente pela dignidade do Senado”.

Em relação ao Conselho de Ética, o grupo decidiu aguardar a reunião desta quarta-feira (5) na qual o presidente Paulo Duque (PMDB-RJ) começará a dar o encaminhamento dos 11 pedidos de investigação contra Sarney. O grupo promete organizar um protesto caso Duque decida-se pelo arquivamento imediato das acusações.

“O Conselho dizer que o jogo já está definido é um equívoco. Se todos os pedidos forem para o arquivo, o ambiente piora ainda mais”, disse Casagrande.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), participou de parte da reunião. De acordo com Guerra, Jucá não apóia o movimento contra Sarney, mas está trabalhando em busca de uma solução para a crise. Para a imprensa, Jucá afirmou que a disputa política não pode virar “briga de rua”.

 

 

 

G1

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