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Senado: a sombra de Cássio e o efeito Veneziano

Um retrato de um ano antes da eleição de 2010, a nova pesquisa PB Agora/Opinião para disputa pelas duas vagas ao Senado Federal reafirma algumas verdades e sugere novas leituras.

Vamos a algumas delas:

Cássio Cunha Lima

De cara, vemos a consolidação daquilo que as pessoas dizem nas ruas sem precisar de pesquisa alguma: Cássio é o favorito para o Senado Federal.

A estatística, pois bem, confirma o que o empirismo  das ruas inspira. Depois de passar quase um semestre fora do Brasil, sem fazer por causa disso uma visita ou contato direto sequer, o ex-governador Cássio Cunha Lima consegue voltar tão forte – ou mais – do que partiu.

Ele não só manteve a lideranças com ampliou o favoritismo. Surpreende o número que aponta que 45,1% dos paraibanos tem Cássio Cunha Lima como primeiro voto para o Senado Federal. Isso quer dizer que quase metade dos eleitores paraibanos já sabem que vão votar em Cássio para senador.

Somados aos quase 8% que ele tem de voto como segunda opção, Cássio vai a 53%.
Número que só tende a crescer com o corpo a corpo prometido pelo tucano.

Além do favoritismo, a nova pesquisa reforça a tese de que o ex-governador tem sombra suficiente para abrigar um parceiro e levá-lo à segunda vaga de Senador.

Talvez seja por isso que Efraim Morais, Wellington Roberto, Ney Suassuna e Armando Abílio esteja sem alfinetando.

 


Veneziano Vital do Rego

A pesquisa também confirma outra tese. O prefeito Veneziano Vital do Rego (PMDB) representa uma força incontrolável para a segunda vaga de senador.
18% dos paraibanos querem votar em Veneziano como primeira opção para o Senado. É um número três vezes maior do que o do senador Efraim Morais (DEM) e superior ao número de indecisos e brancos e nulos para o primeiro voto.

Dois efeitos imediatos. Um: o ingresso de Veneziano Vital do Rego na disputa por uma das duas vagas ao Senado é imprescindível para o sucesso do projeto de reeleição do governador José Maranhão. Sem ele, o governador não terá como formar uma chapa forte.

Dois: se ele entrar, acaba com a festa de qualquer outro candidato. Isso porque tanto Cássio e Veneziano, apesar de adversários políticos declarados, sairiam bem votados em Campina Grande, minando as chances daqueles que querem “colar” em Cássio.

 


Efraim Morais

Não está liquidado, como andam dizendo. Especialmente, se ele puder contar com a ausência do prefeito Veneziano Vital do Rego do páreo. Mesmo assim, tem condições de ir à luta.

Um fato lhe favorece: apesar de perder para Veneziano Vital do Rego na disputa pela primeira opção, o senador democrata é o preferido do segundo voto dos eleitores.

Ou seja, ele é hoje o que mais consegue colher do favoritismo do ex-governador Cássio Cunha Lima. E com essa ferramenta que ele deve trabalhar.

Vale lembrar ainda que o número de indecisos para o segundo voto chega a 27,3%. É maior do que os votos dados a cada um dos candidatos.

 

Luiz Couto e Ney Suassuna

Há dois guerreiros na luta por uma das duas vagas ao Senado Federal. O deputado Luiz Couto (PT) e o ex-senador Ney Suassuna (PP).

Primeiro, porque antes de enfrentar o embate das ruas, ambos tem uma imensa batalha para vencer internamente. Ou no partido, como é o caso de Couto, ou na composição, como é o caso de Suassuna.

Depois disso, eles precisam ganhar musculatura eleitoral. Com 4,7%, Luiz Couto aparece em quarto na primeira opção de voto para o Senador e Ney Suassuna, com 2,9%, em quinto.

Luiz cresce como segundo opção, chegando a 8,2%. O que ainda não é número capaz de fazer com que ele convença os companheiros de partido de que é a melhor opção para a legenda.

Já Suassuna, que aparece com 6,9% da intenção de votos para segunda opção, tem a vantagem de revestir-se da imagem de trem pagador para ocupar lugares na chapa majoritária.

Mesmo assim, poderá estar disposto a comprar a vaga. Mas terá que suar um pouco mais se quiser convencer o eleitorado de que não pode ficar de fora de uma das duas vagas para o Senado Federal.
 


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