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Este ano de 2011 vai entrar para a história cultural da cidade de Sapé, terra onde nasceu o chamado “Poeta da Morte” (Augusto dos Anjos), como um dos piores ciclos de 12 meses em relação ao desaparecimento precoce de importantes figuras do meio acadêmico, universitário e literário do município, situado 53 km a Oeste de João Pessoa.
Nesta véspera de feriado de Sete de Setembro (quando é comemorado Dia da Pátria ou da Independência do Brasil), fica registrado para a contemporaneidade sapeense o falecimento da gerente de Revisão e Divulgação da Editora Record/Civilização Brasileira, Fátima Barbosa de Lira Cunha, residente há anos no Rio de Janeiro (na foto acima, à esquerda, de óculos escuros).
Amiga pessoal do apresentador de TV e escritor Domingos Meirelles (âncora do programa “Linha Direta”, levado ao ar por muito tempo pela rede Globo, em cadeia nacional), ela lutava contra o câncer há vários meses, vindo a sucumbir da doença após internação hospitalar, lá mesmo na “Cidade Maravilhosa”.
Ela manteve laços de trabalho na área cultural também em João Pessoa, sobretudo com os jornalistas William Costa, Astier Basílio e Ricardo Anísio, além do poeta Jairo Cezar (“Escritos nos Ônibus”) e das poetisas “Pepita” (cujo nome verdadeiro é Mercedes Cavalcante) e Lindalva Xavier Amaro.
O corpo de Fátima Barbosa (filha natural do Sr. Lamartine, ex-responsável pela agência do IBGE em Sapé, nas décadas de 1970/80) será cremado na Capital carioca nesta 5ª feira, após o feriado cívico-militar. Suas cinzas deverão ser transladadas para Sapé, posteriormente, a pedido dela própria, antes de morrer.
Na 2ª feira, dia 12, um missa em sufrágio de sua alma estará sendo realizada na igreja de Nossa Senhora de Fátima, localizada no bairro de Miramar (próximo à sede do esporte Clube Cabo Branco). A cerimônia religiosa está sendo organizada pelo ex-vereador sapeense Derval Moreira, em conjunto com a professora Aparecida Uchoa Rangel (Gerente Executiva de Educação Infantil e Ensino Fundamental da Secretaria de Educação do Estado).
Apenas no 1º semestre do ano, faleceram os poetas e professores Josas Batista de Azevedo Filho (na foto acima, no centro) e Aparecida Melo (na foto acima, à direita). Josas também atuou como diretor de teatro, ao lado do renomado dramaturgo Roberto Cartaxo e foi diretor da Escola estadual “Monsenhor Odilon Pedrosa”, em Sapé. Ele também migrou da religião católica para a crença evangélica, tornando-se pastor da igreja Assembléia de Deus localizada no bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa. Josas morreu vítima de câncer, assim como Fátima Barbosa.
Aparecida Melo escreveu vários livros e faleceu subitamente no começo de 2011, devido a uma presumida síncope cardíaca em função de forte crise de hipertensão arterial, que provocou um infarto agudo do miocárdio ou AVC (Acidente Vascular Cerebral). Ela e Josas foram velados e sepultados nos cemitérios de Sapé (batizados de Nossa Senhora da Assunção, o mais antigo e central, na zona urbana e São Francisco, o mais novo, que fica na saída para Mari, às margens da PB-075 – rodovia Anel do Brejo).
Como conterrâneo de todos eles desejo conforto às suas famílias enlutadas e aos amigos desamparados do convívio alegre a salutar mantido com Fátima, Josas e Aparecida, enquanto vivos, aqui na Terra.
Que o Grande Arquiteto do Universo os receba no Oriente Eterno em sua divina graça e imensas bênçãos. Um dia, com o mais absoluto grau de certeza que um ser humano possa ter, nos encontraremos por lá, encenando peças de teatro num cenário de pura luz e escrevendo livros contando belas histórias de amor.
