O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), teceu comentários nesta sexta-feira (02), sobre o afastamento da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) sem retirada de direitos políticos. Para ele, o fato aconteceu visando “salvar” o deputado Eduardo Cunha (PMDB) e pediu a participação popular para evitar tal salvamento.
“O Brasil está numa “esquina” e precisa urgentemente saber para onde se vai, mas só vai conseguir isso, se o povo participar. Essa decisão não pode vir do setor político ou de qualquer tipo de cúpula quem vai ditar isso. Não há saída para o Brasil sem a participação da população”.
O socialista viu com preocupação, uma possível quebra de regras no processo de impeachment e chamou de casuísmo a atitude de não punir a presidente para salvar Cunha.
“Vi com muita preocupação, não é em função de quem governava, mas sim pela quebra das regras. Isso é tão evidente que como alguém pode ser condenado sem ter cometido crime? E se comete, como não teria a pena – que são os oito anos de inelegibilidade? É algo visível. E esse casuísmo foi construído em função de Eduardo Cunha. É ele que querem salvar ou no mínimo para a próxima eleição. Isso é ruim para a política e para a democracia. O povo não aceita mais esse tipo de comportamento”.
Ricardo ressaltou ainda que foi eleito para seu mandato e que por ter direitos e deveres vai lutar para que relações de republicanidade sejam representadas.
“Eu lutarei com todas as minhas forças para preservação da republicanidade. Não existe favor de ninguém para ninguém, é conquista da sociedade. Não interessa posição política, nem partido para que as relações se estabeleçam, eu não só respeito as instituições, mas também, ao mesmo tempo cobro para que ela garanta à Paraíba o que é direito do Estado. Tenho que ser coerente no que penso e faço e com aquilo que lutei tantos e tantos anos. Os períodos que a democracia foi seccionada foram períodos muito ruins, é preciso preservar esta conquista que foi profundamente abalada, eu como cidadão não gostei do que vi e estou vendo. Espero que o povo brasileiro dê esse passo adiante e que a legitimidade volte”, finalizou.
PB Agora
