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Presença de guardas armados em escolas de JP gera divergências

O massacre ocorrido em uma escola de Suzano, no Estado de São Paulo, que culminou em um saldo de dez mortos e mais de 20 feridos, ligou o alerta de parlamentares do legislativo municipal em João Pessoa, Capital da Paraíba, para a necessidade de se adotar medidas que minimizem a insegurança no ambiente escolar.

Apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PSL), a vereadora Eliza Virgínia, do Progressistas foi quem levantou a questão e anunciou que irá apresentar um projeto de lei que estabelece a presença e permanência de guardas armados nas escolas municipais da Capital. Segundo ela, o objetivo é, além de dar mais segurança, coibir a prática de crimes, como aconteceu em São Paulo e acabou incitando também tentativas em outros estados.

A parlamentar justificou a iniciativa após se inspirar na história de um policial militar, que morava perto da escola, e que estava armado no momento do atentado. De acordo com a vereadora, o militar encurralou os dois criminosos e evitou que a tragédia fosse maior.

“Olhando um documentário que foi feito com as pessoas que participaram daquele momento terrível na escola, a gente percebeu que mais pessoas não foram mortas graças à presença de um policial militar, que morava próximo ao educandário. Ele estava em casa, com sua arma e seu distintivo e ao escutar os tiros, pegou sua arma e ajudou as crianças a saírem. Então eu acho que esse projeto é muito bem vindo, vou elaborá-lo e o encaminharei à Câmara e espero que ele seja aprovado”, ressaltou.

DIVERGÊNCIAS À VISTA

Diferentemente da vereadora Eliza, a vereadora Sandra Marrocos, do PSB, se colocou totalmente contrária ao armamento de mais pessoas, sobretudo em ambientes escolares.

“A partir do momento que ela se posicionar na tribuna com esse tema eu farei o contraditório, mesmo porque a questão da violência é algo sério, é algo que tem otimizado dentro da sociedade contemporânea e consequentemente da nossa cidade e aí se tratando do ambiente escolar é algo muito mais melindroso, muito mais especial, então não é armando pessoas que você sai da questão da prevenção. Óbvio que eu acho que os agentes públicos que trabalham com segurança precisa fazer um debate para ser discutido qual o tipo de discussão. Mas não acho interessante armar guardas municipais, a gente tem que inserir campanhas educativas, inclusive chamando a segurança pública par ao debate”, ressaltou.

Caso a proposta de Eliza avance, a prefeitura seria obrigada a realizar um novo concurso público na área de guardas municipais, já que não há contingente suficiente para preencher com homens armados as quase 100 unidades escolares existentes atualmente em João Pessoa.

As declarações das parlamentares foram veiculadas durante o programa Arapuan Verdade.

 

 

Márcia Dias

PB Agora


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