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Polícia prende suspeito de mandar matar prefeito de Jandira

A polícia prendeu nesta quinta um suspeito de ser o mandante do assassinato do prefeito de Jandira, na Grande São Paulo, mas ele acabou indo pra cadeia por um outro crime.

Secretário de Habitação de Jandira e procurado pela Justiça desde março. Wanderley Lemes de Aquino foi surpreendido quando entrava na prefeitura, para mais um dia normal de trabalho. Ele estava com a prisão decretada por irregularidade em obra pública. Uma descoberta que a polícia só fez agora investigando o assassinato do prefeito da cidade.

Para os delegados do caso, o secretário é suspeito de mandar matar Braz Paschoalin, do PSDB, executado a tiros na sexta-feira passada.

O advogado do secretário, William Rueda, nega. “De forma alguma, pelo contrário, ele é aliado do prefeito. Isso daí é uma heresia”.

Logo depois do crime, quatro homens foram presos acusados de participar da emboscada. Segundo a investigação, eles teriam falado ao telefone no dia do crime com pessoas muito próximas ao secretário Wanderley de Aquino.

Foram identificadas ainda ligações para números e ramais da prefeitura usados pelo secretário da Habitação.

Uma disputa por poder e dinheiro. As investigações demonstrariam que Wanderley de Aquino queria mais espaço para manipular contratos de obras, fraudar licitações e desviar dinheiro público. O orçamento de Jandira é de R$ 160 milhões por ano e a prefeitura é alvo hoje de 55 inquéritos por corrupção.

Um dos escândalos envolve a compra de votos na Câmara Municipal. Cinco vereadores são suspeitos de receber, cada um, mais de R$ 200 mil em propina.

Um vereador e um suplente de vereador foram assassinados poucos meses atrás. Existe relação com a morte agora do prefeito?

Na tarde de quarta, nós perguntamos para o secretário da Habitação o que ele achava do assassinato de Braz Paschoalin.

“Pela maneira que aconteceu, eu não acredito em crime político. O crime do prefeito vai ser elucidado com toda certeza e o mandante com certeza será preso”.

Nesta quinta, no fim do dia, a polícia fez uma devassa no gabinete do secretário preso. Recolheu tudo antes que algo sumisse.

“Houve uma tentativa de supostamente de familiares e pessoas ligadas que estariam querendo entrar no gabinete e a Guarda Municipal agiu e não deixou entrar”, contou o delegado Zacarias Tadros.

Sobre a demora de nove meses para cumprir o mandado de prisão contra o secretário de Habitação, a polícia de São Paulo informou que não tinha recebido a ordem judicial.

 

 

 

Globo

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