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Pessoenses reclamam de faixas de pedestres apagadas na capital

 Respeitar a faixa de pedestres não é nenhum favor, nem uma norma de educação e nem boas maneiras no transito, mas sim, uma obrigação por lei que objetiva facilitar ao cidadão a travessia nas vias publicas. A faixa de segurança, como também é assim chamada, é uma sinalização horizontal constituída por uma serie de faixas que delimitam a área determinada nas ruas e avenidas por onde o pedestre tem prioridades ao atravessá-las. Esse direito porém, segundo moradores de João Pessoa vem sendo desrespeitado por descaso da prefeitura da capital na não manutenção das mesmas

Segundo moradores, o pior é que em diversos bairros de João Pessoa, elas (faixas de pedestres) estão praticamente apagadas pela ação do tempo. As faixas apagadas podem ser vistas em bairros como Manaíra, Cristo, Rangel, Pedro Gondim, Bairro dos Estados e Torre, só para citar alguns com os mesmos problemas. Moradores inclusive exigem novas pinturas temendo serem atropelados durante uma travessia. Segundo informações da Semob existe cerca de 2 mil faixas de pedestres em João Pessoa.

O Código Brasileiro de Trânsito diz que a sinalização das faixas deve ser visível e legível tanto de dia quanto à noite, mas muitas faixas da cidade não estão mais visíveis, o que vem aumentando o número de reclamações entre os pedestres que se sentem inseguros quando desejam atravessar uma rua ou avenida em uma faixa apagada.

Por outro lado os motoristas também reclamam e afirmam que os pedestres muitas vezes são culpados pelos acidentes nas faixas porque não sabem esperar o momento certo para atravessar. O condutor de veículo Carlos Peixoto, contou que outro dia quase atropelou uma mulher na faixa de pedestre porque ele vinha a 60 quilômetros e ela desceu a calçada no momento em que ele estava muito próximo à faixa.

Sinalizar com a mão “Tive que pisar forte no freio para evitar um grave acidente. As pessoas precisam entender que para atravessar uma faixa, precisam sinalizar levantando o braço e olhar para ver se os veículos estão com uma certa distância que permita que o condutor possa frear o carro com segurança”, alertou Peixoto.

O cadeirante Francisco dos Santos, que com todas as dificuldades de locomoção na cidade se desloca todas as semanas de sua casa para o centro da cidade, disse que motoristas e motoqueiros desrespeitam as faixas por falta de educação. “Praticamente em toda faixa de pedestre que vou atravessar corro risco de vida, porque os motoristas não têm muita paciência para esperar que um cadeirante atravesse uma rua. Acho que isso acontece por falta de educação mesmo. A maioria é ignorante”, desabafou o cadeirante Francisco.

A estudante universitária Marina Pereira, também compartilha a mesma opinião de Francisco, para ela o que falta mesmo no trânsito é educação e paciência. “As faixas já existem há anos, mas hoje, as pessoas que utilizam essas listras durante uma travessia continuam correndo risco de vida, por conta do desrespeito dos motoqueiros e condutores de veículos. Um pouco de educação seria a solução”.

O último registro de morte numa faixa de pedestre foi no bairro de Manaíra. A vítima foi um idoso e o atropelamento aconteceu à noite de segunda-feira (15 de maio), na Avenida Maria Rosa. De acordo com a Polícia Militar, o idoso atravessava na faixa de pedestre que está praticamente apagada, quando foi atingido por uma moto que passava pela rua com o farol apagado. A vítima ainda chegou a ser socorrida para o Hospital de Trauma, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

 

 

Redação

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