Personagem emblemático da política brasileira desde os chamados ‘Anos de Chumbo’, à década de 1960, José Dirceu autografa amanhã à noite, no Sindicato dos Bancários, em João Pessoa, o livro “Zé Dirceu – Memórias Volume I”, em que conta sua trajetória da militância estudantil ao exílio – em setembro de 1969, foi para o México com outros 14 militantes, após grupos de esquerda sequestrarem o embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, forçando o governo brasileiro a libertar esses presos políticos em troca da liberdade do diplomata.
Depois, o futuro presidente do PT, partido que ajudou a fundar, foi para Havana onde fez treinamento de guerrilheiro, usando o codinome ‘Daniel’. Isso ainda em 1969. Em 1975, retornou ao Brasil e viveu clandestinamente no interior do Paraná até 1979, ano em que fez cirurgia plástica no nariz para não ser reconhecido pelos militares.
Meses depois, com a Lei da Anistia, desembarcou em São Paulo e iniciou nova militância política, tendo sido deputado estadual e federal pelo PT. Ministro da Casa Civil do Governo Lula, caiu após o escândalo do Mensalão. Julgado e condenado a 30 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, no âmbito da Lava Jato, foi preso, mas conseguiu uma liminar em junho deste ano, e ficará em liberdade até o julgamento de recursos. Um livro que pode servir de contraponto à sua versão dos fatos é o controverso ‘Dirceu – A Biografia’ (2013), de autoria de Otávio Cabral.
Redação
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