Idosos que passam grande parte do tempo assistindo televisão perdem força muscular. A afirmaçao é resultado de pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em parceria com o Celafiscs (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul).
Desenvolvido na cidade de Sáo Caetano do Sul durante 18 meses, o estudo teve participação de 159 pessoas (60 homens e 99 mulheres), com faixa etária média de 74 anos.
Por sete dias, os idosos usaram um pedômetro (aparelho para contagem de passos), retirado apenas na hora do banho e para dormir, e responderam um questionário para investigar quanto tempo eles passavam em frente ao aparelho de TV.
Durante a semana de avaliação, a média de passos dados pelos idosos foi de 9.957, enquanto o tempo médio assistindo televisão foi de 432,9 minutos, cerca de sete horas por dia. A comparação entre o período em frente ao aparelho e a força nos membros inferiores resultou em diminuição da capacidade muscular em 26%.
“Os resultados sugerem que quanto menos passos durante a semana e quanto maior for o tempo em atividades como assistir TV, maior será o impacto negativo na saúde do idoso, prejudicando sua capacidade física e funcional”, alerta Sandra Matsudo, coordenadora geral do programa Senior Fit.
O estudo incluiu, ainda, testes de aptidão física dinamometria de preensão manual (instrumento que estima força muscular) da mão direita, flexão de cotovelo, agilidade ao sentar e levantar da cadeira em 30 segundos, levantamento da cadeira por uma única vez no menor tempo possível, equilíbrio com apoio em um único pé (unipodal) e flexibilidade.
O Senior Fit, mantido pela Celafiscs, incentiva a prática de atividade física para moradores de instituições de longa permanência. O projeto já beneficiou seis entidades em São Caetano do Sul, com exercícios aeróbicos, de mobilidade, equilíbrio, alongamento, estímulo cognitivo e força muscular, incluindo pessoas acamadas e cadeirantes.
“É um sonho idealizado para trazer mais saúde e qualidade de vida às pessoas que moram em instituições de longa permanência”, finaliza a coordenadora.
PB Agora com Midia Net