O vereador Marmuthe Cavalcanti reafirmou na manhã deste domingo (18) a manutenção do seu apoio ao prefeito Luciano Cartaxo (PT) e a sua administração a frente da Prefeitura Municipal de João Pessoa, independente de questões partidárias. A declaração do parlamentar foi realizada após comentários do deputado federal Benjamim Maranhão (SD) sobre a situação partidária de Marmuthe no Solidariedade.
“Ao contrário do que foi dito, continuo integrando a base governista, que apoia o prefeito Luciano Cartaxo na Câmara Municipal de João Pessoa. Trata-se de uma tentativa medíocre de por celeumas na minha relação política com o prefeito. Mas essa relação vai de vento em polpa, pois as proposituras que apresentamos para o Executivo Municipal, através da Câmara, são sempre muito bem recebidas. Além disso, estamos afinados politicamente, é tanto que Cartaxo me fez o convite para fazer a filiação ao PT”, disse Marmuthe.
O parlamentar também negou ter sido expulso de qualquer partido. “Nunca fui expulso de lugar nenhum e não seria agora que isso iria acontecer. Para sair do PT do B apresentei requerimento solicitando a desfiliação, pelas razões que todos já sabem. Mesmo assim tentaram me prejudicar, alegando infidelidade partidária. Uma ação que já nasceu morta, pois não havia condição de prosperar, porque a legislação eleitoral me amparava completamente. Além disso, só aceitei o convite para ingressar no Solidariedade porque não houve resistência quando disse que me filiaria sem condicionantes, sobretudo em relação a apoios políticos-eleitorais. Quanto ao pedido de desfiliação do Solidariedade, já está pronto há um mês e será entregue em mãos ao presidente municipal e ao presidente estadual da legenda”, explicou Marmuthe.
Com objetivo de esclarecer a população, o vereador apresentou novamente as razões dos ataques que vem sofrendo. “Todo esse alarde do deputado Benjamim é por eu ter negado apoio a ele nestas últimas eleições. Por conta dessa negativa passei, sistematicamente, a ser perseguido dentro do Solidariedade. Estou sendo vítima de um ato discriminatório, pois 90% dos detentores de mandato filiados ao Solidariedade também negaram apoio a sua candidatura. Inclusive, o deputado usava a defesa desta ação por infidelidade ao PT do B como moeda de troca para ter meu apoio novamente. Mas eu não poderia cometer o mesmo erro duas vezes”, avaliou Marmuthe.
O parlamentar analisou a conjuntura política que envolve o caso e apresentou seu ponto de vista. “A verdade é que o deputado Benjamim saiu derrotado politicamente neste último processo eleitoral, mesmo sendo o último colocado eleito em sua coligação. Não perdeu por menos mil votos! Agora está em crise de identidade, pois terá que aprender a conviver sem apoio de governo, uma vez que não encontra guarita nem no governo estadual, nem no municipal. A única coisa que ganha deles é ‘chá de cadeira’. E outra: se tem um ingrato nesta história é ele, que teve meu apoio anteriormente e saiu como o deputado federal mais bem votado na minha região de atuação política, nas eleições de 2010, com quase 2000 votos. Mesmo assim, nunca cumpriu com seus compromissos de campanha e nem sequer voltou para agradecer ao povo os votos que recebeu”, lembrou Marmuthe.
“Por tudo isso, é melhor o deputado procurar o que fazer, para de brincar com a inteligência das pessoas e de querer ganhar visibilidade em cima do meu nome, como sempre fez com o de Zé Maranhão, tio e padrinho político do deputado. Ao invés de me perseguir, ele deveria cuidar de seu mandato e mostrar algo de útil aos paraibanos, pois já passou uma década como deputado sendo eleito por conta do sobrenome e nunca disse para que veio”, disparou Marmuthe.
Por conta de sua saída do Solidariedade, o vereador tem recebido convites de vários partidos para se filiar. Inclusive, o senador Zé Maranhão também fez o convite para Marmuthe compor as fileiras do PMDB, considerando o parlamentar um excelente quadro político-partidário. Também houve o convite para o vereador comandar uma nova legenda, que terá seu registro reconhecido em breve pelo TSE. “Diferentemente do deputado Benjamim, tenho a certeza do que quero: trabalhar em prol do povo, honrar compromissos e não fazer ‘politicagem’. Para isso, vou esperar os prazos eleitorais e escolher com cautela um novo partido, que respeite seus filiados e as escolhas políticas, garantindo o livre direito de voz e voto”, finalizou Marmuthe.
Ascom
