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Para deputado da Paraíba intervenção no Rio é jogo midiático do Governo

O deputado estadual Frei Anastácio criticou, hoje (20), a forma como o presidente Temer decretou intervenção na segurança do estado do Rio de Janeiro. Segundo o parlamentar,o exército já esteve em três comunidades do Rio, desde a Eco/92, e a população não viu avanços. Para ele,além da força é necessário um conjunto de ações. Isso, não só para o Rio, mas para o resto do Brasil.

O parlamentar afirma que só a presença dos militares, sem um plano e ações sociais, econômicas e estruturantes para as comunidades e para as forças de segurança do Rio, tudo isso não passará de um jogo de cena midiático para um governo sem crédito perante a população. Sem essas medidas, quando o exercito deixar o Rio tudo voltará ao que era antes", advertiu.

Facções em outros estados

Frei Anastácio advertiu ainda que com todo esse alarde de intenção, os chefes das facções já estão correndo. "E quem sabe se muitos deles já não estão no Nordeste, e aqui na Paraíba?Uma ação de segurança tem que ser feita com planejamento, com serviço de Inteligência. Imagine se os bandidos do Rio se instalam nos estados do Nordeste. A Paraíba pode ser um dos refúgios desses bandidos",advertiu.

Frei Anastácio alertou, inclusive, as autoridades da área de segurança da Paraíba. "Lamentavelmente,as formas de segurança do nosso estado devem ficar alertas para a possibilidade de infiltração da bandidagem do Rio de Janeiro em nosso Estado", disse.

O deputado acrescentou ainda que todos sabem que a intervenção foi tomada pelo governo golpista, como forma de desviar a atenção da tentativa frustrada de aprovação da reforma da previdência. "Sinceramente, ele não está nenhum pouco preocupado com o povo do Rio de Janeiro. Sua preocupação é a de tentar alavancar sua baixa popularidade e não resolver o problema da segurança, apena com a presença do exercito no Estado do Rio de janeiro", disse.Frei Anastácio explicou que Constitucionalmente, o exército tem um papel a cumprir. Contudo, na conjuntura atual, foi chamado para auxiliar no combate à criminalidade no Rio de janeiro. "É preciso ter cautela e determinar exatamente qual deve ser a atuação dos militares.Por exemplo, os militares não possuem liberdade para atirar em civis e aí como ficam as vidas desses militares ao se depararem com bandidos armados", indagou o deputado.

 

Intervenção sem ações estruturantes

 

O  parlamentar disse ainda que é preocupante, então, sabermos que o General Vilas Boas, comandante-geral do exército, pediu garantia para que os militares não sejam alvo de apuração por parte de  comissão da verdade, em futuro próximo. "Além da entrada do exército no Rio, que outras medidas esse governo golpista anunciou para aquele Estado? Respondo: nenhuma. Que programas sociais de emergência ele anunciou para o povo das favelas do Rio para que as pessoas não dependam mais do lucro do tráfico? Nenhuma.O quanto de investimento nas áreas essenciais da economia foi anunciado? Nenhum",argumentou.

 

Frei Anastácio afirmou que, dessa forma, pode dizer que o Rio precisa, sim, de ações fortes na área de segurança, como de resto todo o Brasil. "Contudo, essas ações devem produzir efeitos duradouros.Não uma ação como essa, meramente política, que na verdade irá afugentar a bandidagem para outros estados.

 

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