Os aliados do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), fizeram elogios ao discurso feito por ele em plenário nesta quarta-feira (5). Sarney descartou renunciar, diz ser vítima de uma “campanha” contrária e procurou responder cada uma das acusações. O discurso não demoveu seus adversários de continuar pedindo as 11 investigações que já estão no Conselho de Ética.
O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que Sarney tem bons argumentos. “O presidente Sarney colocou sua posição, sua defesa e fez uma explicação de alguns fatos. Os argumentos dele são bons e ele detalhou procedimentos”.
Para o líder do PT, Aloízio Mercadante (SP), é preciso analisar no Conselho de Ética cada denúncia contra Sarney. “Temos que agora sentar e analisar as representações e conferir com a defesa que ele fez hoje para que o Conselho possa tomar uma decisão madura, fundamentada”. Mercadante diz ser contra o arquivamento sumário de todos os processos, mas afirmou que nem todas as acusações devem ser levadas adiante.
Gim Argello (PTB-DF), líder de seu partido, elogiou as palavras de Sarney. “Ele colocou muito bem os pontos, comentou cada caso, foi um discurso muito substantivo e muito forte”.
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), afirmou ainda em plenário ter encontrado três lapsos no discurso de Sarney. Ele questionou dois nomes de funcionários da Casa que Sarney disse não conhecer e afirmou que o próprio neto do presidente do Senado teria admitido a intermediação de contratos com a Casa.
Para Almeida Lima (PMDB-SE), aliado do presidente da Casa, o fato de Sarney rebater cada denúncia individualmente foi positivo. “Foi um discurso explicativo, tranquilo, bem pontuado”.
José Agripino (DEM-RN), líder de seu partido, afirmou que já está pronto um documento pedindo o afastamento de Sarney da Presidência da Casa. Segundo ele, DEM e PSDB já assinaram e aguardam o apoio de PT, PSB e PDT.
G1
