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Oposição diz que tráfico de influência foi comprovado

 Oposição mostra documentos para comprovar “maracutaia” feita pela PMJP na obra da Lagoa

O líder da oposição na Câmara Municipal de João Pessoa, Bruno Farias, do PPS, acompanhado dos vereadores Humberto Pontes (Avante), Eduardo Carneiro (PRTB) e Léo Bezerra (PSB), prometeu e cumpriu. Realizou uma coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (28) e apresentou documentos que, segundo ele, comprovam o envolvimento ‘umbilical’ e a digital familiar do secretário Cássio Andrade e de seus parentes na obra da Lagoa cuja suspeita de superfaturamento é apontada em relatórios da Controladoria Geral da União e até da Polícia Federal.

Conforme o vereador, que detalhou pormenorizadamente todos os documentos apresentados, não há dúvidas que o prefeito, assim como seus auxiliares, tramaram para executar a obra utilizando meios não tão republicanos.

Ainda segundo Bruno, o tráfico de influência, sobretudo na Caixa Econômica Federal, onde a esposa do secretário é servidora responsável pela liberação de recursos de todas as medições da obra, denotam o envolvimento e a burla ao princípio da impessoalidade, essencial na administração pública.

“Nós estamos apresentando a toda a imprensa paraibana documentos, informações, e fatos, que comprovam, por A mais B, a impressão digital daquela relação familiar a que fizemos referência no início desse mês, ou seja, a participação direta do secretário Cássio Andrade, a participação direta de sua esposa Luciana, responsável pelo setor Gigov, da Caixa Econômica Federal, autorizando o desbloqueio de recursos para pagamento de medições, a participação direta do concunhado como gestor de obras da COMPECC e além disso, pagamentos estranhos realizados nas proximidades do pleito de 2014, feitos com recursos da prefeitura, que ultrapassam o limite de contrapartida oficial que a prefeitura se comprometeu em pagar durante a celebração do convêncio. Esses documentos reforçam todas as denuncias feitas até agora. A obra teve a gerencia direta de auxiliares ligados umbilicalmente ao prefeito, que por sinal, de acordo com informação da própria prefeitura, visitou a obra por mais de 20 vezes, fora as visitas extraoficiais. De modo que ele sempre deu as ordens para que as ações fossem feitas para que hoje, de acordo com relatórios da CGU e da PF resultam em superfaturamento milionário. Quem lê os relatórios não tem dúvidas que houve superfaturamento”, disse.

O parlamentar ainda tachou a manobra feita pela prefeitura de “maracutaia”, que agora é comprovada com documentos e suspeitas de superfaturamento milionário, um grave prejuízo aos cofres públicos.

“E aqui eu já deixo uma deixa para essa Comissão Especial da prefeitura: Comecem a investigar o servidor 001 da gestão municipal que é o prefeito Luciano Cartaxo. Quem leu todo o relatório chega-se a conclusão de que houve maracutaia. Qualquer um que tem conhecimento do relatório não tem outra conclusão a chegar e ela é inafastável – houve sim maracutaia”, disparou.

 

A última medição em que Luciana figura como uma das funcionárias da Caixa é justamente a 10ª, datada em novembro de 2015. As posteriores, ela não mais operou nenhuma transação referente a obra. Nisso, há uma coincidência temporal. É justamente entre os meses de outubro e novembro de 2015 que a Controladoria Geral da União (CGU) cobrava resposta da Prefeitura de João Pessoa sobre as irregularidades encontradas pelos auditores fiscais, resposta que posteriormente foi anexada ao relatório. A engenheira Luciana Torres Maroja Santos, esposa do secretário de Infraestrutura de João Pessoa, Cássio Andrade,

 

Bruno disse ainda que apresentará os novos documentos para corroborar com o processo e avisou que vai pedir providências, dentro da lei, contra todos os envolvidos.

“Relação familiar e tráfico de influência praticado por parentes está comprovado”, declarou.

 

Abaixo alguns dos documentos assinados pela esposa do Secretário Cássio Andrade e que comprovariam o tráfico de influência

 



PB Agora

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