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Opinião: o exemplo de Ítalo Kumamoto sobre o coronavírus deveria ser seguido por outros médicos

Neste momento lamentável do Brasil, em que enfrentamos uma pandemia em meio a tanta desinformação, à fake news e até ao risível, nada mais sugestivo do que atitudes como a que teve esta semana o Dr. Ítalo Kumamoto, um dos mais festejados cardiologistas da terrinha.

Diante do quadro de saúde pública bastante crítico, e se agravando todo dia, o Dr Ítalo produziu e divulgou nas redes sociais um vídeo com pedido de que fosse compartilhado ao máximo. Na sua fala, ele fez um apelo dramático à população para que adira ao isolamento social, como a forma mais eficaz de interromper a corrente de contágio do coronavirus.

A iniciativa do Dr. Ítalo parece ter sido a que causou mais impacto entre nós, desde o início da pandemia do coronavirus. Levou desatentos a despertarem para a gravidade do problema. Segundo o cardiologista, todos os nossos hospitais já estão sobrecarregados.

No vídeo, ele ainda acrescenta: “Se a situação continuar no nível que nós estamos vivendo, com as pessoas relaxando no isolamento e nas medidas preventivas, não vamos ter leito para pacientes que precisem de internamento em enfermaria, apartamento ou UTI”.

Dr Kumamoto ainda adverte, em tom austero:“Essa doença não é brincadeira; essa doença mata. Nós não temos leitos, e estou pedindo a vocês que, por favor e por caridade, peçam que outras pessoas fiquem em casa, se mantenham isoladas, porque essa é a única forma que temos para evitar um desastre na saúde”.

O que se viu com a divulgação do tal vídeo foi que, com a história profissional que tem, que lhe imprime muita credibilidade, o Dr. Ítalo Kumamoto terminou por prestar mais um grande serviço ao nosso povo. Sem dúvida nenhuma reverteu opiniões em muitos daqueles que, até então, não haviam se dado conta da gravidade do problema.

Assim sendo

Mas Dr ítalo não é o único médico de grande credibilidade entre nós. Temos inúmeros outros. Portanto, face à positiva repercussão que teve o seu apelo, talvez fosse prudente que outros profissionais da Medicina, de grande conceito, também se dessem ao trabalho de usar as mídias sociais para convencer os desavisados de quão grave é a situação que enfrentamos atualmente.

Cloroquina

A desinformação sobre o problema de saúde que afeta o planeta beira o ridículo entre nós. Já ouvimos, lemos e assistimos pessoas de nível razoável de escolaridade – e até comunicadores – afirmarem que alguém tomou a cloroquina sarou da Covid-19.

Ora, a imensa maioria das pessoas que se recuperaram do mal não tomou o tal medicamento, que não é nem reconhecido pela ciência como indicado para estes casos.

E já que falamos de comunicador, eis um exemplo: o repórter policial Emerson Machado foi atestado como portador do coronavírus, fato que ele só veio a revelar depois recuperado.

Pois bem: se ele tivesse tomado a tal cloroquina, naturalmente estaria convicto de que teria sido esse medicamento o responsável pela sua recuperação. Mas não foi…

 

Wellington Farias

PB Agora

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