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Opinião: mais que presença, o Republicanos mira a liderança na Paraíba

O Republicanos não quer mais apenas fazer parte do jogo político na Paraíba — quer liderá-lo. Essa foi a mensagem central transmitida, de forma clara e coordenada, durante o evento de filiação do deputado Felipe Leitão ao partido nesta sexta-feira (30). Mais do que uma simples adesão partidária, o momento foi tratado como um marco estratégico, que revela a ambição da legenda de protagonizar as eleições de 2026.

Nas palavras do presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, o partido já é, numericamente, o maior da Paraíba: nove deputados estaduais, três federais, o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente da ALPB, o vice da Casa, além de mais de 50 prefeitos filiados e outros tantos aliados. É um peso político que não pode ser ignorado — e que, na leitura do partido, deve ser traduzido em influência direta na formação da chapa majoritária do próximo pleito estadual.

A chegada de Felipe Leitão, com seu perfil agregador e expressiva votação, é parte desse movimento de expansão e fortalecimento. O deputado já projeta que o Republicanos pode saltar para até 70 prefeituras e conquistar 13 cadeiras na Assembleia Legislativa após a abertura da janela partidária em 2026. Números ambiciosos, mas condizentes com a estratégia da legenda de se tornar protagonista em todas as esferas de poder.

Há, no discurso das lideranças do partido, uma convicção de que a legenda não quer ser coadjuvante em nenhuma mesa de negociação. O Republicanos quer indicar nomes, definir rumos e participar diretamente da condução política do estado — ainda que dentro do arco de alianças liderado pelo govenador João Azevêdo (PSB).

Ao apostar na força das bases, na capilaridade municipal e na unidade interna, o partido constrói um discurso de liderança coletiva. A legenda se vende como um time coeso, sem decisões isoladas, e com espaço para todos os seus quadros — o que, no ambiente político, é um ativo importante para atrair novos aliados.

Se conseguirá, de fato, ocupar o espaço que almeja em 2026, o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: o Republicanos deixou claro que está se organizando não apenas para participar das eleições, mas para influenciar diretamente seus resultados.

Por Márcia Dias


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