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Opinião: em baixa, Cartaxo acende vela para RC e João na tentativa de continuar “vivo” na política

A história é cíclica ou retilínea? Isto é: ela está imersa na concepção que o ser humano pode agir de forma afetiva para “reproduzir” ações do passado, ou tudo foge do controle humano, expondo a evolução da humanidade em algo ligado à sua atuação no tempo e espaço, no qual a “regressão” é blasfêmia?

Bem, a provocação foi intencional e válida, pois o pensar é o que nos difere, até certo ponto, dos nossos “primos” que habitam a Terra, sejam eles formas primitivas ou não de vida. E nessa linha de raciocínio, vejo na figura do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), algo que me remete a “incógnitas” históricas.

Ele passeia nas duas correntes; a cíclica e retilínea, a fim de não desmerecer seus teóricos. Em resumo, hoje é João, amanhã, Maria, numa busca frenética por sua salvação política, pois entende que o “pé de feijão”, como no conto, absorverá a verdade, jogando para o papo da “galinha dos ovos de ouro” o engodo e desvios de conduta.

E nessa lógica Cartaxo vai desagradando aliados de primeira hora, como seu vice, Manoel Júnior, que está no (Solidariedade) e não sabe para onde manter movimento. A dúvida dele? Disputar o pleito de 2020 a prefeito da Capital ou migrar para seu reduto eleitoral e pelejar pela prefeitura de Pedras de Fogo.

Agora um apontamento: Manoel Júnior, que já foi deputado federal atuante, obtendo por mérito destaque no cenário nacional por três mandatos consecutivos (1º de fevereiro de 2007 até 31 de dezembro de 2016) vive o ostracismo por acordos políticos não efetivados com Luciano Cartaxo.

Acordos? Sim, muitos, com Manoel Júnior e com outros tantos; e tantos descumpridos pelo alcaide de João Pessoa. E segue a incerteza, ou melhor, certeza, àquilo que favorece a Cartaxo. Hoje, sem respaldo ou força política, após sucessivos erros estratégicos, busca como balão de oxigênio diálogo com o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e, acredite leitor, até com o atual chefe do Executivo paraibano, João Azevêdo (sem partido).

Ambos não descartaram diálogo com o Verde, mas em tempos de “Calvário”, é bem difícil alguém buscar aproximação a uma gestão investigada pela “Operação Irerês”, que já coletou provas relativas às obra de requalificação do Parque Solon de Lucena (Lagoa).

Provas investigadas e formatadas pela Polícia Federal, que desencadeou a investigação, apontando superfaturamento de R$ 6,4 milhões. Hoje os valores estão em algo próximo a R$ 10 milhões, segundo dados do Ministério Público Federal.

Em suma, Cartaxo flerta com João, paquera com Ricardo, despreza aliados, diz que lançará candidato do próprio partido, e em gesto ególatra, fala em programa de rádio da Capital a seguinte afirmação: “Eu vou focar 2020 no processo de gestão. A cidade não vai parar e vou cuidar da eleição”.

É fato prefeito! Quem vai cuidar das eleições de 2020 é o povo. Ah! Também a Justiça Eleitoral. O senhor vai, tão somente, buscar a não aposentadoria precoce. Aliás, essa foi uma das questões levantadas na entrevista radiofônica.

Cartaxo e sua resposta

“Eu não posso, com 55 anos de idade, estar pensando em me aposentar”. Só falta alguém dizer ao nosso prefeito, que não prestou concurso público para chefe do Executivo municipal ou qualquer outro cargo eletivo, que ele necessita ter o respaldo da população. E o ponto? Por enquanto é ponto parágrafo, lembrando que cargo eletivo se conquista com sufrágio universal.

Ditos populares

“O final a Deus pertence”, mas como o Senhor não vota, fica por aqui a decisão. Decisão nossa, pura e simples, seja na história cíclica ou não.

Em tempo…

Luciano Cartaxo já foi grande aliado de Ricardo Coutinho e, por derivação, João Azevêdo em outras datas. Rompeu com ambos. Mas dizem que na política até “jaboti sobe em árvores”.

Digo para os desavisados que essa “constatação” empírica, bem longe de ser científica, está em vias de extinção, ou quase isso. Lugar de jaboti é na terra.

Contudo, vale acender vela para João e Ricardo. Ficar vivo na política é o que importa a Cartaxo. Não quer ser outro Chico Franca. E tem razão!

 

Eliabe Castor
PB Agora

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