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Opinião: como um romance quixotesco, Cartaxo é um “protagonista” figurante digno de dúvidas

Alguém leu o romance “Triste Fim de Policarpo Quaresma”? Bem, igual à atual política partidária, queria ele, o personagem criado por Lima Barreto, no início da década de 20, do milênio passado, “decifrar” questões nacionalistas, como o próprio idioma a ser empregado no Brasil.

Pregava, o ser principal da obra, o “Brasil Pindorama”, bem diferente do bolsonarismo. Queria Policarpo colocar a língua tupi-guarani como idioma nacional, a reforma agrária, a valorização da cultura indígena e tantos outros atos pertinentes até os dias atuais.

Na verdade, uma sátira que, entre as “loucuras”, como Don Quixote e seus moinhos de vento, tentou ele uma busca imaginária da perfeição das próprias ideias vindas da sua mente. Resultado: ficou “louco”. Algo próximo ao ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), mandatário principal de um partido, na Paraíba, que não tem a menor leitura percentual em termos de força política.

Em seus devaneios, como Quixote e Policarpo, buscou ele, Cartaxo, “jogar na vala” todos os seus aliados políticos, ficando só no apoiar de uma parentela, ou similar, à condição de prefeita de João Pessoa nas eleições passadas. Falo da ex-secretária de Educação do município, Edilma Freire como a pré-candidata do Partido Verde. Resultado: foi um desastre já anunciado.

Ficou ela em quinto lugar do podium. Um verdadeiro vexame para o então alcaide da capital. Teve, apenas, 12,93% dos votos válidos a postulante apoiada pelo o então prefeito. Em linhas matemáticas puras: 47.157 mil dos sufrágios. Uma vergonha que pode ser traduzida em dias atuais como o mais puro equívoco político. E posso explicar!

Passa longe de ser uma liderança política o ex-prefeito de João Pessoa, Cartaxo. E um agravante: mais uma vez chega ele com a “pompa” de grande liderança partidária da Paraíba. Como fez no passado próximo! E coloca-se, hoje, como possível pré-candidato – ou algo próximo – ao governo do Estado, o que de fato chega longe de uma margem inicial. Não tem braçadas suficientes!

Estratégia para não morrer “afogado”

Busca, ele, apenas cavar uma trincheira na polarização política do país. Mas está perdido. Nem esquerda ou direita acreditam em sua pena. Apenas um risco na água. Para o ex-prefeito, que já foi ex-vice-governador da Paraíba, é hora de voltar à Câmara Municipal de João Pessoa ou à Assembleia Legislativa da Paraíba, no máximo.

Buscar mais altitude será o fim para quem errou e continua a errar na “mão política”. O que é uma pena! Tinha ele, tudo, para ser um expoente da nova geração política. Não foi, e está longe de ser.

Observação

Em tempo: Cartaxo ainda amargou, em 2018, outro revés. Seu irmão, Lucélio Cartaxo (PV) perdeu a eleição no primeiro turno para o governo do Estado. Ficou em segundo lugar.

O vencedor do pleito foi João Azevêdo (hoje filiado ao Cidadania). Em 2014 o mesmo Lucélio, ainda no PT, foi “abocanhado” pelo saudoso José Maranhão, filiado ao extinto (PMDB), na disputa por uma vaga ao Senado, ficando Cartaxo irmão em segundo lugar na contagem dos votos válidos.

Um verdadeiro “Picolé de Manga”, agremiação carnavalesca administrada pelos irmãos gêmeos que hoje não mais existe.

A hora é de recomeço, Cartaxos!!!!


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