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Opinião: Cícero deixa a cidade em meio à zorra na vacinação e à guerra do lixo

Ao completar cem dias de gestão, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, fez as malas e se mandou da Capital. Nada de mais, não fossem as circunstâncias delicadas do momento vivido pela cidade.

Também nada contra a que o vice-prefeito Léo Bezerra assuma os destinos da cidade durante a ausência do titular. Muito pelo contrário, Bezerra está quebrando a tradição de vices meramente decorativos. Tem tido papel positivo na gestão de Cícero.

O porém
O problema de Cícero se mandar é que ele se ausentou no ápice de uma guerra da sua gestão com empresas contratadas para fazer a coleta do lixo.

Um episódio que vem dando muito que falar; que está cheirando mal… Que denota haver coisas interesses outros, que não o público, em torno desses contratos milionários.

Como se não bastasse a guerra do lixo, ainda tem a zorra total na vacinação na Capital paraibana: De uma hora para outra, virou uma bagunça o processo de vacinação contra a Covid-19 na Capital do Estado.

De fininho
Pelo que estamos vivendo hoje em João Pessoa, nada mais impróprio ao prefeito Cícero Lucena do que se mandar de João Pessoa exatamente no ápice de duas crises, se mandar da Capital sob o argumento de que iria em busca de recursos fora da Paraíba.

Tudo bem que Cícero Lucena transferiu a gestão para o seu vice Leo Bezerra. Mas convenhamos, um interino – apesar de todas as suas prerrogativas legais – certamente não goza de plenos poderes para resolver situações delicadas.

Por exemplo: Léo Bezerra provavelmente não tem a plena liberdade para chegar a um entendimento com as empresas coletoras de lixo em litígio com o município.

Cícero Lucena poderia ter adiado a viagem pelo menos até que estes dois problemas estivessem resolvidos.

Quanto à questão do lixo, é bom lembrar que o problema tem tido desdobramentos com paralisação dos operários do setor, gerando sérios transtornos para a população. Com uma agravante: a cidade começa a respirar ar poluído e mal cheiroso com o acúmulo do lixo não coletado, em decorrência do conflito.

E tudo isso exatamente no pico de uma pandemia de coronavírus.

Prejudicados
A decisão da Prefeitura de João Pessoa em encerrar unilateralmente o contrato com as empresas coletoras de lixo da cidade, em plena pandemia, tem tido reflexos negativos e deixado empresário em polvorosa.

Em meio a essa confusão, a gestão municipal não avaliou que a medida poderia prejudicar o comércio pessoense, já combalido com a pandemia. As empresas de lixo são as maiores dente as que atuam na Capital.

Com o encerramento do contrato, as empresas coletoras de lixo ficaram sem receber os pagamentos da Prefeitura. Estas, por sua vez, não pagaram as diversas empresas que vinham lhes prestando serviços de manutenção dos caminhões e tratores utilizados na coleta.

Vários comerciantes estão desesperados, inclusive, com a perspectiva de fechar as portas. Que o digam os lojistas com empresas em funcionamento na Rua Maciel Pinheiro e algumas localizadas e no parque industrial.

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