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O helicóptero da PM/PB

No finalzinho da semana passada, travou-se o seguinte diálogo, pelo Twitter (microblog ou seja, rede de relacionamento social pela Internet):

Pergunta para @realrcoutinho (governador eleito do PSB) – Temos pilotos e atiradores. Os céus da Paraíba terão os helicópteros das PM/Civil combatendo o crime?

Resposta para @marcosmatiasmm (radialista de Cabedelo) – Estou tentando salvar o convênio que vence em dezembro. Estou pedindo que o atual governador José Maranhão (PMDB) prorrogue-o, que eu mesmo compro o helicóptero da PM, em 2011.

Recursos estão assegurados

Depois de tomar conhecimento que Maranhão já prorrogou administrativamente todos os convênios celebrados com o Governo federal (inclusive este, em especial, junto à Senasp – Secretaria Nacional de Segurança Pública, órgão vinculado ao ministério da Justiça, com sede em Brasília-DF), passo a fazer as seguintes observações:

Pelotão aéreo já existe

Já temos uma equipe de pilotos profissionais formada, dentro da Polícia Militar, inclusive voando em outras corporações de Estados vizinhos, como Pernambuco e até mesmo prestando serviços no grupamento aéreo da Força Nacional de Segurança Pública, como aconteceu nos Jogos Panamericanos de 2006, no Rio de Janeiro.

Oficiais possuem experiência

O grupamento aéreo da PM/PB é composto pelo tenente-coronel Pontes (aviador experiente com muitos anos de serviço no Hangar do Estado, localizado nas dependências do aeroporto Castro Pinto e sócio do Aeroclube do Bessa), capitão Alysson (filho do ex-comandante-geral e hoje coronel da reserva remunerada, José Gomes de Lima Irmão) e o capitão Pimenta (ex-ajudante de ordens do ex-governador Cássio Cunha Lima, do PSDB), entre outros oficiais que têm elevado o nome de nosso Estado em nível de Brasil.

Escolha de Cássio foi reprovada

Logicamente, se já temos o pessoal treinado para pilotagem, só falta então a aquisição da aeronave de asa móvel. Pelo que foi apurado por mim junto às fontes administrativas da PM, já estava tudo certo (com licitação pronta e tudo mais) para adquirir o helicóptero, logo quando Maranhão assumiu o Palácio da Redenção, em fevereiro de 2009.

Aeronave muito pequena

Veja, abaixo, os detalhes operacionais da aeronave Robinson R22 Beta II, de dois lugares, que seria comprada pelo governo paraibano, na gestão de Cássio:

Só leva dois tripulantes

O Robinson R22 foi desenvolvido com tecnologia voltada à simplicidade de manutenção, baixo custo operacional e alta performance. É um helicóptero leve, de dois lugares, adequado ao uso utilitário, em treinamento, na agricultura, em atividades policiais, emprego militar, observação aérea, etc.

Manutenção é bem baratinha

O R22 Beta II é o helicóptero com motor a pistão mais vendido no mundo, desde sua introdução no mercado, em 1979, devido ao seu baixo custo de aquisição, operacionalidade e de manutenção, aliados ao seu excelente desempenho.

Quatro mil, em quarenta países

Atualmente, mais de 4.000 R22 são operados em mais de 40 países, com aproximadamente quatro milhões e duzentas mil horas voadas mundialmente, sendo que – no Brasil – ele é utilizado por muitos operadores que reconheceram as suas qualidades de economia e versatilidade.

Propulsão norte-americana

Os estudos que precederam a modernização do projeto do R22 Beta II permitiram alcançar excelentes condições de operação, com base em suas características de fabricação. Equipado com motor Lycoming O-360, proporciona um ganho de potência na ordem de 13% em altitude, em relação ao modelo anterior, fazendo com que o mesmo mantenha sua potência máxima de decolagem até sete mil pés e elevando seu teto de vôo pairado para mais de 9.000 pés (cerca de três mil metros).

Marca tem fama mundial

Com essa reserva de potência e o novo “governador de rotação”, o R22 Beta II reúne características de controle e performance semelhantes a aeronaves maiores, que aliadas às características de baixo custo, fizeram o R22 Beta II conquistar uma reputação incomparável, tornando-o um sucesso de vendas ao longo dos anos.

Mais detalhes podem ser obtidos clicando-se no link a seguir: http://www.powerhelicopteros.com.br/r22.php

Versão atual é mais completa

Dizem – extra-oficialmente – que o governador José Maranhão, como bom comandante de aeronaves de asa fixa e conhecedor da temática, viu de perto o tal modelo da gestão Cássio e não gostou da futura aquisição, reprovando a escolha, de imediato. Desde então, foi aberta outra licitação para comprar um helicóptero mais completo:

“Brinquedinho” custa caro

O modelo escolhido é o helicóptero blindado Bell Huey II, avaliado em R$ 12 milhões, praticamente o dobro do preço dos modelos Esquilo, costumeiramente usados pelas PM’s de vários Estados. O cliente tem que ir pessoalmente (ou mandar representante) aos Estados Unidos, para receber oficialmente o helicóptero, que é entregue aos cuidados do comprador quando ainda está em fase de montagem. Depois, uma equipe selecionada de pilotos e mecânicos vai até lá na fábrica para fazer um treinamento de três semanas.

Agüenta tiros de fuzil

Diferentemente do helicóptero Esquilo, que é feito em fibra de vidro e tem capacidade para dois pilotos e quatro tripulantes, o Huey II é uma aeronave de guerra, cuja blindagem suporta tiros de fuzil calibre 7.62 e até de metralhadoras ponto 30, além de ter capacidade para transportar 13 pessoas: dois pilotos e onze tripulantes. Em operações normais, no entanto, o helicóptero deve atuar com apenas oito passageiros.

Operando até de noite

Com essa aeronave, os policiais podem fazer até operações à noite, devido ao fato do helicóptero ter equipamento de câmeras com visão noturna e os pilotos também serem equipados com visores próprios para este tipo de ação em ambientes sem luz, no meio da escuridão.

Camuflagem torna invisível

A pintura, em cinza esverdeado, faz com que a aeronave fique praticamente invisível, quando está nos céus. Além disso, o Huey II tem uma série de equipamentos, como farol de busca e fast-hope, ou seja, uma corda em que o policial tem mais agilidade para descer do que no rapel, utilizando somente luvas especiais.

“Caveirão Voador” carioca

O Huey II não é exatamente uma novidade no combate à criminalidade e ao narcotráfico nas favelas do Rio de Janeiro, pois a Polícia Civil carioca já possui uma aeronave desse modelo, chamada de “Caveirão Voador”.

Blindagem protege policiais

Com isso, os agentes puderam fazer uma espécie de consultoria para os militares, apontando os pontos ruins do helicóptero e sugerindo melhorias. A parte da frente da aeronave vai receber um reforço na blindagem e as proteções laterais serão mais versáteis, de colocação e retirada mais fáceis.

Igual ao Iraque e Afeganistão

Fabricado nos Estados Unidos, o Huey II é usado pela Força Aérea e pelo Departamento de Estado norte-americanos, além da Polícia de Nova Iorque, Exército e Guarda Nacional da Colômbia, Força Aérea Filipina e do Iraque, além de sobrevoar os céus do Afeganistão, Paquistão, Cazaquistão, República Dominicana, Argentina e Peru, pilotados por aviadores locais ou da OTAN, num total de 150 aeronaves exportadas para outros países.

Quem quiser ver mais detalhes, pode clicar neste link: http://www.baixaki.com.br/papel-de-parede/17149-helicoptero-da-pm.htm 

Primeiro modelo foi descartado

Convenhamos que o primeiro “zigue-zigue” (em formato de libélula) não combinava mesmo para a PM trabalhar de forma operacional, perseguindo bandidos, resgatando feridos e transportando soldados. Só serviria para passeio de visitantes, rápido deslocamento de autoridades, sobrevôo de obras e nada mais, além disso.

Traduzindo em miúdos: Maranhão fez a coisa certa e resta a Ricardo – agora – seguir o mesmo caminho correto.

FAB finaliza treinamento

Neste domingo, precisamente às 11h20, o Esquadrão de Helicópteros pertencente à Base Aérea de Natal-RN, que passou duas semanas fazendo treinamento nos céus de João Pessoa, encerrou suas atividades na Paraíba com o sobrevôo de sete aeronaves na orla marítima da Capital.

Revoada de agradecimento

O vôo de despedida culminou com uma homenagem em tom de reconhecimento à receptividade oferecida pelo Aeroclube do Bessa, com os pilotos pairando suas máquinas durante alguns minutos, em cima do eixo da pista de decolagem, mas sem pousar. Logo depois seguiram viagem todos juntos, com formação em duplas, rumo ao Rio Grande do Norte.


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