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O dia em que a Paraíba parou

De repente, o dia 17 passou a ter uma importância notável no micro-cosmo da Paraíba, neste segundo mês do ano 2009. E não é à toa. Depois de idas e vindas, o Tribunal Superior Eleitoral volta a tratar da cassação do governador Cássio Cunha Lima – desta vez, com a possível apresentação do voto-vista do ministro Arnaldo Versiani. E pode acontecer tudo, inclusive nada – como já dizia o poeta.

Pois bem. Em todos os recantos da Paraíba, há uma expectativa muito grande. Muito mais do que um segundo mandato de um governador, o futuro do Estado estará em jogo. E não há exagero nessa afirmação. Após seis anos ininterruptos de uma gestão, entre erros e acertos, está sendo construído um novo cenário com ingredientes inquestionavelmente promissores. Por mais que os adversários de Cássio Cunha Lima não queiram admitir, inúmeros dados consolidados de instituições e organizações acima de qualquer suspeita evidenciam uma Paraíba com fortes razões para comemorar conquistas.

É o caso, nesses últimos seis anos, da redução da mortalidade infantil; do aumento da longevidade; do crescimento sem precedentes no número de empregos com carteira assinada; do volume recorde de empresas que decidiram investir no Estado; de uma Educação que conseguiu ser destaque nacional por ser a primeira a atingir todas as metas estabelecidas; de uma revolucionária política de pessoal que fez nascer mais de 30 planos de cargos, carreira e remuneração; de uma sucessão inédita de concursos públicos;do Ensino Médio em todos os municípios e,principalmente, de um equilíbrio fiscal que é, no final das contas, a mãe de todo esse sucesso administrativo.

Algumas perguntas insistem em ser feitas. Com um possível resultado adverso ao governador Cássio, como serão tratadas todas essas conquistas, que nos parecem tão caras levando em conta o passado de muitos tropeços governamentais? O que poderia ser feito em pouco mais de um ano de governo por um adversário sedento de poder, reconhecidamente ranzinza e que já não se contém em relação à possibilidade de “vingança”? Que tipo de cenário teríamos num suposto mandato-tampão para o cidadão comum, que deseja apenas a chance de viver bem e ter o seu dinheiro como contribuinte bem administrado?

O voto-vista de Arnaldo Versian, necessariamente, traz em si todas essas questões e todos esses dilemas. Não é à toa, portanto, que este 17 de fevereiro de fevereiro de 2009 é o dia em que a Paraíba parou.

 

De mal
José Múcio está intrigado, nos últimos dias. O ministro das Relações Institucionais andou sabendo que o senador José Maranhão (PMDB) não o poupava em conversas nos bastidores de Brasília. Tudo porque Maranhão tá convencido, e não há quem o faça declinar dessa certeza, de que Múcio teria feito injunções junto ao Tribunal Superior Eleitoral em favor do governador Cássio Cunha Lima, no tocante ao processo de cassação.

Comprovação
Uma cara de poucos amigos e pouca disposição até para cumprimentá-lo. Esses dois gestos, por parte do senador Maranhão, foram suficientes para não deixar margem de dúvidas no ministro Múcio de que as informações sobre as queixas do ex-governador paraibano eram procedentes. A amigos íntimos, além de absurdas as suspeitas de Maranhão, também demonstram que ele acha os ministros do TSE muito “influenciáveis”. Será?

Ritmo alucinante
O cumprimento da agenda administrativa do governador no Sertão, no último sábado, foi alucinante. Com compromissos na capital, Cássio acelerou o ritmo, mas cumpriu integralmente o programado.

Inaldo emocionado
Aliás, o secretário de Articulação Governamental da Paraiba, Inaldo Rocha Leitão, se emocionou no último sábado à tarde. Ele fez parte da comitiva do governador e acompanhou cada momento da agenda dedicada ao Sertão. Foi às lágrimas ao percorrer os quase 30 quilômetros da rodovia construída por Cássio para o município de São José da Lagoa Tapada. “É um sonho de mais de 30 anos”, justificou Leitão, um batalhador incansável pela obra, que também foi sonho do ex-governador Antonio Mariz.

Lenda viva
Já tendo servido a 10 governadores e dois presidentes da República em visitas ao Hotel Brejo das Freiras, o garçon Epitácio é uma verdadeira lenda viva do Sertão da Paraíba. Bom caráter, zeloso profissionalmente e orgulhoso por, embora aposentado, ter sido requisitado novamente pada dar sua contribuição ao serviço público do Estado, ele é um exemplo para os jovens no alto dos seus 77 anos de idade.

Só Biliu
Acabou o casamento bem sucedido de Biliu de Campina com a cidade a quem homenageava no nome artístico. Desgostoso com uma série de acontecimentos envolvendo os poderes públicos municipal e estadual, o cantor se mudou para Recife, e já vai avisando a quem interessar possa: agora seu nome é só Biliu. Muitos torcem para que seja apenas um rompante do temperamental herdeiro de Jackson do Pandeiro, mas parece que a coisa é séria mesmo.


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