O PSB mordeu a isca. O deputado federal Manoel Junior (PSB) foi à imprensa dizer que não acredita que o prefeito de João Pessoa (PSB), Ricardo Coutinho, venha a se aliar com o governador Cássio em 2010, por ter sido cassado. E conseguiu o que queria: o recibo de que o seu partido está mesmo preparando as bases para uma aliança com Cássio. Afinal, quem apresentaria o prefeito ao restante do Estado? Ney Suassuna não faz milagres.
O recibo foi assinado por Edvaldo Rosas, do diretório estadual, que num rompante de defensor dos ideais partidários anunciou que Junior poderá ser expulso do PSB. Sem dó nem piedade.
Era tudo o que o deputado queria para voltar para o PMDB por cima, sem dar uma de traidor, e, assim, defender sem mas-mas-mas a candidatura do amigo José Maranhão ao governo estadual – se é que o senador terá fôlego até lá.
Edvaldo ainda foi obrigado a ouvir uma piada, ontem, de Junior: “Não sabia que havia advogado de Cássio no PSB”.
Mas há. E não é só um, não. Assim como também há advogado de Ricardo Coutinho entre os cassistas. E esses raciocinam da seguinte forma: a cassação pelo TRE daqui foi uma armação engolida pelo TSE. Tanto que o próprio presidente daquele tribunal chegou a dizer, em outras palavras, que foi induzido ao erro. Ou seja, Cássio foi cassado, mas não é pior que Maranhão. E entre ficar com Maranhão ou Cássio, muitos do tal coletivo Ricardo Coutinho vão preferir, na hora H, ficar com Cássio.
Seria uma boa dupla, se não fosse a presença de Efraim Morais e, principalmente, de Cícero Lucena, ambos pré-candidatos ao governo estadual. A hipótese, no entanto, não está descartada. E depois da reação de Rosas, quem duvidada dessa hipótese agora tem certeza de que ela está sendo gestada.
Era tudo o que Manoel Junior e Maranhão queriam expor.
Por Redação
em 10 de fevereiro de 2009
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