Na próxima quinta-feira, 21 de setembro, é comemorado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Essa data foi instituída em 14 de julho de 2005, pela Lei Nº 11.133.19 de set. de 2014, mas pessoenses revelam que não há muito o que comemorar, devido a falta de rampas e buracos nas calçadas que impedem a locomoção adequada de deficientes pelas ruas de João Pessoa.
Deives Rufino tem 13 anos e é portador da distrofia muscular do tipo Duchenne, uma doença genética na qual os músculos que controlam o movimento enfraquecem progressivamente. Ele já nasceu com a doença que veio afetar as suas pernas e a cerca de um ano parou de andar, e conta as dificuldades que passou a enfrentar por falta da acessibilidade. “A falta de rampas nas calçadas de João Pessoa ainda é um dos principais problemas para o cadeirante, bem como as opções de lazer que nos restringe apenas aos shoppings”, reclamou.
Natanael Francisco da Silva, de 46 anos, nasceu com uma retinose pigmentar (RP), doença hereditária que causa a degeneração da retina, região do fundo do olho e ao longo do tempo vai impossibilitando por total a visão. “Dificuldade para pegar ônibus, locomoção nas calçadas por conta de buracos ou falta de rampas, bem como a falta da acessibilidade e inclusão em supermercados e instituições financeiras, porque nós deficientes visuais não enxergamos e fica impossível fazer compras ou uma simples transação bancária”, lamentou.
Aos 45 anos de idade Waldir Gomes se diz vencedor pela garra e coragem. Ele passou a enfrentar diversos problemas por conta da poliomielite que deixou sequela nos dois membros inferiores necessitando do uso da bengala para poder se locomover. “Hoje eu sou atleta porque danço em cadeiras de rodas e ocupo boa parte do meu tempo na Funad onde faço um trabalho com a professora Luciene Rodrigues de Dança Esportiva em Cadeiras de Rodas, que já me rendeu vários títulos de destaque nacional”.
Redação