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Ministro rebate falta de segurança no Brasil

 O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, conversou com os jornalistas na manhã desta quarta-feira, na Costa do Sauípe, na Bahia, e foi questionado principalmente sobre a segurança no Brasil e o atraso nas obras dos estádios que serão utilizados na Copa do Mundo de 2014. Na coletiva, o político comparou as arenas ao atraso da noiva em uma festa de casamento. Além disso, Aldo criticou duramente a segurança em países da Europa, principalmente em Paris, na França.
– Eu ando há 40 anos de avião no Brasil, e a única vez que fui roubado em um aeroporto foi em Paris. Personalidades brasileiras, como Ruth Escobar, foram saqueadas em Paris. E, quando o assunto é segurança, os casos de violência só são previsíveis em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador – esbravejou.

Aldo Rebelo foi além em suas críticas à segurança nos países da Europa.
– Eu estava em Paris outro dia com um amigo e ele largou a mochila num canto. Eu disse para ele retomar a bolsa, porque no Brasil uma bolsa largada é levada para o setor de achados e perdidos. E na Europa, uma bolsa largada causa pânico. Nós temos, sim, violência, mas de origem social.
Em relação ao atraso nas obras das seis arenas que restam para a Copa do Mundo de 2014, Aldo fez uma comparação com o casamento.

– No Brasil há uma instituição muito tradicional, muito respeitada, que, a imensa maioria das pessoas passa por ela, é o casamento. O casamento é uma festa que as famílias preparam para duas pessoas. Normalmente, uma noiva e um noivo. Mas em 100% dos casamentos que eu testemunhei a noiva sempre chegou atrasada. Nunca vi uma noiva chegar na hora. Nunca vi um casamento deixar de acontecer por causa disso. Pode ser que haja um ou outro atraso, mas nada significativo nos estádios. O mais importante é que todos eles estejam prontos.

Aldo afirmou que três dos seis estádios que restam para a realização da Copa do Mundo seriam entregues em dezembro. Porém, por conta de agenda apertada da presidente Dilma Rousseff, os eventos acabaram adiados para janeiro.
– Falei com alguns governadores que esses prazos fossem estendidos para janeiro pela agenda da presidente. No caso do Corinthians, nós tivemos o acidente.

No Inter, o prazo é janeiro, acho que dia 15. Em Curitiba, nós tivemos um atraso no repasse dos recursos. Mas nada que impeça a entrega do estádio dentro do prazo (a previsão é que a Arena da Baixada seja entregue apenas em fevereiro).
O ministro afirmou ainda que costuma visitar os estádios de três em três meses. Segundo ele, tudo é fiscalizado para que não ocorram atrasos.
– Converso com os governantes, com o proprietário, com o engenheiro das obras, questiono a qualidade do material, o que foi entregue, o que não foi. Tudo para que o nosso controle não seja apenas uma coisa formal.

Após as declarações do ministro, um painel sobre segurança foi apresentado nesta quarta-feira. Andrei Rodrigues, secretário do Ministério da Justiça, Andre Pruis, consultor de segurança da Fifa para a Copa do Mundo, o general Jamil Megid Junior, coordenador das Forças Armas para a Copa, e Hilário Medeiros, gerente geral de Segurança do Comitê Organizador Local, participaram da explanação para os jornalistas na Costa do Sauípe.

O principal tema abordado pela imprensa foi relacionado com as manifestações que aconteceram durante a Copa das Confederações. De acordo com o representante do Ministério do Esporte, medidas estão sendo tomadas para evitar atos de violência durante os atos que podem acontecer durante o torneio de 2014.

– Quanto ao tema de manifestações, nós temos que partir de uma premissa: o Governo não faz um acompanhamento de manifestações, mas se preocupa com ações criminosas e atos de vandalismo. O que preocupa são esses atos, já que as manifestações são democráticas. Colhemos impressões de todos para ter um aprimoramento em ações violentas em manifestações. Temos ações de inteligência para que esse tipo de problema seja evitado em grandes eventos – afirmou Andrei Rodrigues ao ser questionado pelos jornalistas.

Além disso, o representante do Governo Federal também afirmou que existe a possibilidade da criação de um tribunal para julgar de forma imediata qualquer problema que ocorra no estádio e em seu entorno. Tal situação já ocorre em partidas do Campeonato Brasileiro, com a ação do Juizado Especial Criminal (Jecrim), e foi utilizada na Copa de 2010, disputada na África do Sul.

G1

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