A Paraíba o tempo todo  |

Menino, cadê você?

    “Que tática é essa do ex-governador Cássio Cunha Lima se ausentar, de novo, da Paraíba, desta vez por quatro meses?”, perguntam-se muitos.

    Uma coisa é certa: ele não iria se ausentar por tanto tempo sem ter pelo menos uma ideia do que isso poderá acarretar em seu grupo. Alguém acredita que Cássio não está dimensionando as consequências disso?

    “Mas isso pode deixar o grupo sem rumo”, temem alguns. Hoje mesmo o deputado Efraim Filho, em entrevista a este portal, manifestou a preocupação em relação à divisão do grupo, como consequência de uma longa ausência do seu líder natural. E foi logo avisando que a tendência do DEM é se aproximar do prefeito Ricardo Coutinho, como se isso pudesse desagradar a Cássio.

    Talvez Cássio queria ver como as coisas se acomodam sem ele, apostando, quem sabe, exatamente numa adesão do DEM e outros partidos aliados às forças que apoiam a candidatura de Coutinho ao governo estadual.

    É um risco. Há deputados que não aceitam esse jogo e declararam abertamente que votarão em projetos do governador Maranhão, se entenderem que isso faz bem à Paraíba. Há dois times declarados: os que defendem a aproximação com Ricardo e os que pressionam por uma candidatura própria. Para onde vai o grupo? Para um lado só ou para os dois lados, dividido?

    Tudo bem, pode ser cedo para uma tomada de posição em relação a 2010. Mas daqui a pouco pode ser tarde para conter os ânimos dentro do grupo e uma eventual divisão, como teme Efraim Filho. Será mesmo que a ausência de Cássio é capaz de promover uma acomodação natural dos partidos? Ou será que a distância do líder pode provocar naturais temores, insegurança, talvez até um racha?

    A viagem pode ser uma tática para que as coisas aconteçam naturalmente dentro dos rumos previstos pelo ex-governador. Há quem interprete como um período de incubação de ideias. Há quem considere desleixo. Afinal, as bases querem a voz e a presença de Cássio. Querem encarar os problemas tendo o líder como norteador das ações do grupo. Estão quase suplicando para que ele fique na Paraíba e assuma o controle do barco. Antes que uma tempestade surpreenda a todos.
 


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