A Paraíba o tempo todo  |

Marina reúne apoiadores e descarta fazer concessões por novo partido

 De olho na disputa presidencial de 2014, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva reuniu-se na noite desta terça-feira com apoiadores em São Paulo para discutir a criação de um novo partido político.

O encontro reuniu cerca de 350 pessoas, segundo estimativa dos organizadores, em um auditório na zona oeste da cidade. Ao chegar ao local, a ex-ministra, que foi candidata ao Planalto em 2010 pelo PV e recebeu quase 20 milhões de votos, foi recebida aos gritos de "Marina presidente".

O evento foi organizado pelo Movimento por uma Nova Política, que surgiu em 2011, quando Marina deixou o PV após desentendimentos.

A ex-ministra falou ao público ao lado de apoiadores como o empresário Guilherme Leal, que foi vice em sua chapa em 2010, o vereador Ricardo Young (PPS), João Paulo Capobianco e o deputado Walter Feldman (PSDB).

O nome e o programa do partido ainda não foram definidos e serão discutidos em reunião marcada para o dia 16 de fevereiro, em Brasília. Para que a nova sigla participe da disputa em 2014, será preciso reunir 500 mil assinaturas até outubro.

Durante o encontro, Marina descartou fazer concessões para receber em sua nova sigla lideranças partidárias que não se alinhem com o ideário do movimento que a apoia. "Não se está fazendo adaptação de discurso para integrar pessoas de qualquer forma", afirmou.

Questionada especificamente sobre o tucano José Serra, que avalia deixar o PSDB, Marina disse que dificilmente ele se enquadraria no perfil do novo partido.

"Essas lideranças têm tido muita dificuldade de entender a questão do desenvolvimento sustentável, e não é pelo que se diz, é pelo que se faz. A postura dessas lideranças em relação ao Código Florestal e outros retrocessos que estão acontecendo hoje. Dificilmente acho que teriam identidade programática", disse Marina.

Feldman, que disse ter avisado o PSDB sobre seu apoio à nova sigla de Marina, afirmou que o processo de criação do partido será diferente da de outras siglas, pois a busca será por apoiadores dos ideias. "500 mil assinaturas são fundamentais, mas se forem 500 mil numéricos [sem apoio ideológico], não vale à pena", disse.

O vereador Ricardo Young, que em 2010 estava no PV ao lado de Marina, disse não estar preocupado com o calendário eleitoral, mas pediu aos apoiadores que "arregacem as mangas para levantar a legenda".

 



 

Folha de São Paulo

    VEJA TAMBÉM

    Comunicar Erros!

    Preencha o formulário para comunicar à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta matéria do PBAgora.

      Utilizamos ferramentas e serviços de terceiros que utilizam cookies. Essas ferramentas nos ajudam a oferecer uma melhor experiência de navegação no site. Ao clicar no botão “PROSSEGUIR”, ou continuar a visualizar nosso site, você concorda com o uso de cookies em nosso site.
      Total
      0
      Compartilhe