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Maranhão tenta reagir e adota a política dos anúncios

O governador Maranhão tenta esboçar reação às críticas sobre a lentidão do governo. Que perto de completar 60 dias de gestão deu claros sinais de que não tinha projeto específico para Paraíba, apesar de lutar para governá-la com unhas e dentes junto ao Judiciário nos últimos dois anos.
ELe sentiu o frio da navalha da opinião pública encostando-se a suas costas.

Não por menos tem exigido que o governo, até agora ágil apenas em nomeações de cargos, anuncie o máximo de planos possíveis. Na semana passada, o governo anunciou novo plano de Segurança Pública, exibindo um projeto ousado, mas necessário, que prevê instalação de câmeras em todo o Estado para monitorar as ações criminosas.

Apresentou também uma minuta (?) para o desenvolvimento turístico, embora já fosse tempo de projetos definitivos. E um plano de reconstrução de barragens. E hoje é a vez do novo plano de educação. A idéia é afastar a sensação de inércia e falta de rumo que marcaram as primeiras semanas da nova gestão.
Com isso, Maranhão III pretende ganhar mais tempo.

O projeto de imunizar Maranhão de críticas se completará com plano de comunicação que o governo quer adotar, sob a máxima que o governador tem que ser “blindado” sob todos os lados.

É preciso avaliar, no entanto, a estratégia de anúncios por dois aspectos. Primeiro, se todos esses planos guardam coerência executiva. Ou seja, se de fato foram elaborados de acordo com as necessidades do Estado ou não apenas para demonstrar que o governo tem projetos.

Depois, e especialmente, se eles serão de fato executados nestes próximos 20 meses.

Porque se é certo que o anúncio de novos planos confere mais um prazo de trégua ao atual governo também é indiscutível que não faltará quem lembre que nada do que foi anunciado foi cumprido ao final desta gestão.

O governador age como quem refinancia um grande débito e ganha mais tempo para quitá-lo.

Neste caso, Maranhão adota estratégia certa. Mas não deve esquecer que, assim como o período forçado de transição, ela também tem prazo de validade.

 

 

Soltas no ar

Cenas do cotidiano – Ansioso para saber se o senador Cícero Lucena, presidente do PSDB paraibano, considera que a viagem do ex-governador Cássio para o exterior adia e compromete ainda mais o projeto do grupo de disputar o governo do Estado em 2010, um repórter liga para o gabinete do tucano no Senado Federal.

A assessora atende:

– Pois não.

O repórter se identifica e diz:

– O senador Cícero Lucena, por favor.

A assessora responde calmamente:

– Está no Chile.

O repórter suspira e desliga:

– Ah ta?!!

 

Dinâmico, mas nem tanto – Na primeira segunda-feira de trabalho do novo presidente do PMDB paraibano, o desconhecido Antônio de Sousa, já mostrou que não era tão dinâmico assim. Até o meio-dia, não havia ninguém na sede do partido para atender as ligações telefônicas.
 

 


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