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Maranhão e comitiva da PB participam de Congresso da Fundação Ulysses Guimarães

 Durante o Congresso da Fundação Ulysses Guimarães, foi aprovado por unanimidade, o encaminhamento da criação de um Grupo de Estudos sobre o Estatuto Partidário, onde cada estado deverá indicar um representante, e ainda terá um representante da Câmara Federal, do Senado Federal e dos núcleos (Mulher, Juventude, Afro e Sindical) para apresentar ao Diretório Nacional do PMDB e a Fundação Ulysses Guimarães uma proposta mais ampla e de mudanças do Estatuto adequada a realidade atual. As mudanças só ocorrerão se houver aprovação na Convenção Nacional do Partido, a ser realizada em março do ano que vem.

A Paraíba se fez presente no Congresso com uma comitiva liderada pelo presidente estadual da legenda, senador José Maranhão, pelo tesoureiro Antônio de Sousa, o deputado estadual Raniery Paulino (presidente da FUG na Paraíba), o presidente do PMDB Jovem, Dihêgo Amaranto, além de vários diretorianos e membros do partido.

 

O ex-deputado federal e membro do Conselho Nacional e do Conselho Curador da Fundação, Genebaldo Correia (BA) em sua explanação elogiou o trabalho da instituição de promover essa discussão do Programa de Governo e dos estatutos. “Será que nós precisamos realmente alterar os nossos estatutos? Eu acho que sim. Vem de muitos anos já que ele sofreu alterações mais profundas. Porém é preciso ter a plena consciência de que o Partido não vai mal por causa dos estatutos. Se ele fosse aplicado nós não teríamos a dificuldade que estamos tendo de não ser aplicado. Não se ouve as instâncias partidárias”, pontuou.

Genebaldo afirmou também que o PMDB hoje é um Partido absolutamente congressual. “O que passa para a opinião pública brasileira é o que fazem os deputados e os senadores. Muitas vezes não se entendem porque a Câmara tem uma posição e o Senado tem outra”, observou.

O presidente do PMDB em São Paulo e deputado federal Baleia Rossi (SP), que coordenou os debates afirmou que o PMDB neste momento tem que se diferenciar e que o Estatuto do PMDB, que é a nossa Constituição precisa ser modernizado. “Mudar a Constituição não é fácil, precisa ser debatido sempre com a base, com os Diretórios Municipais, Diretórios Estaduais e com a Fundação Ulysses Guimarães”, destacou.

Em quase duas hora de debates foram apresentadas mais de cem propostas de alterações do Estatuto. Baleia Rossi disse que espera a colaboração e a ajuda de cada militante do PMDB para que “possamos fazer uma Constituição do Partido melhor, mais moderna e que atenda as expectativas dos nossos companheiros para que o PMDB fique cada vez mais forte”, acrescentou.

O presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco disse que após as contribuições o coordenador, deputado Baleia Rossi, terá um prazo de 10 a 15 dias para apresentar uma versão “para que nós possamos devolver a militância do Partido e o debate continuar e ao mesmo tempo estaremos encaminhando a Comissão Executiva nacional para as deliberações necessárias”, explicou.

Wenderson Siqueira, representante de Minas Gerais, criticou sobre a retirada de competência do Diretório e da Comissão Executiva Estadual, por considerar que vai na contramão de toda a construção do PMDB no país inteiro.

O deputado federal João Arruda (PR) destacou que essa discussão deveria ser feita no Congresso do PMDB com a participação de todos os filiados. “É algo que cresça também a partir dos Diretórios municipais, passando pelos estaduais e no final uma decisão através do Diretório Nacional”.

O deputado Darcísio Perondi (RS) apresentou a proposta de criação de um Grupo de Trabalho para a atualização do programa e estatuto do Partido incorporando o compromisso do PMDB com o sistema parlamentarista de governo.

Para o presidente do Diretório Municipal de Campo Grande, Ulisses Rocha, a proposta é válida. “Tem que se discutir sim a proposta partidária. Mas como nós falamos do maior Partido do Brasil, um Partido que lutou para democratizar o país, nós não podemos transformar o nosso Partido, num momento em que nós vamos permitir que uma única pessoa tenha poderes sobre todos os dirigentes partidários”, observou.

O integrante da FUG/ES, Diego Nascimento, apresentou a proposta de que “não se faça a distinção dos núcleos do Partido e que os núcleos do Partido sejam reconhecidos como órgãos porque vocês tem aqueles que são consolidados, aqueles que buscam consolidação e que estão por vir se consolidar. E reconhecer a importância dos municípios, das direções municipais neste processo. Os partidos tem que ser fortes nas suas bases”.

Regina Perondi, presidente do PMDB Mulher/RS disse que “nós acreditamos que o patamar básico da militância do PMDB é a juventude e as mulheres. Os outros temas, inclusive o movimento Afro nós defendemos que sejam grupos de trabalhos técnicos.Assim como é o sindical, a segurança, lá no meu estado tem o tradicionalista. Mas isso a gente deve analisar e avaliar para onde vai essa questão”, apontou.

O deputado estadual Itamar Borges (SP) declarou que tem conversado com o diretório de São Paulo com relação ao grande número de provisórias em existem nos municípios em todos os estados. “Que a proposta pudesse contemplar um percentual mínimo de provisórias de diretórios municipais para terem os diretórios estaduais. Se tem uma coisa que se possa fazer é fortalecer os diretórios estaduais”, sugeriu.

O presidente do PMDB Afro, Vanderlei Lourenço (MG) lembrou que o PMDB Afro está presente em 17 estados e solicitou a inserção dos núcleos no estatuto considerando como órgão de apoio e colaboração partidária. “Hoje no nosso estatuto não há nenhum núcleo inserido. O nosso estatuto ele faz referência a órgãos de apoio e cooperação partidária”, citou.

Bruno Gabriel, presidente estadual da JPMDB-SP defendeu que com ideias propostas possam se desenvolver cada vez mais essa juventude. “Formar cada vez mais quadros para o PMDB, esse Partido que sobrevive e vive foi responsável por tantas mudanças. E por meio dessa juventude possa continuar crescendo e ampliando os seus espaços. E que este debate seja ampliado para os estados e para os municípios. Para que isso seja algo contínuo, um estudo, toda essa discussão para que o PMDB possa se fortalecer cada vez mais”, defendeu.

Já o presidente do PMDB Sindical, Washington Santos (Maradona) ressaltou a importância dos núcleos terem reconhecimento no Estatuto do Partido que já é uma luta de todos os núcleos. “Está sendo dada a oportunidade para o Partido, para o PMDB realmente se posicionar como deve, com a grandeza que tem, com a representação que tem, com o histórico de conquistas para os trabalhadores”, lembrou.

Amaury Cardoso, presidente estadual da FUG/RJ, também defendeu a diminuição do número de comissões provisórias que é um grande prejuízo para a vida ativa do Partido.

Por sugestão de Mateus Ramos, da Juventude PMDB de Sorocaba, foi aprovado ainda a sugestão de criação do núcleo de novos movimentos. Já Frazão, do PMDB de São Paulo, sugeriu a criação do Núcleo de Esportes do PMDB.

 

Ascom

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