O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, participaram na noite desta sexta-feira (30) de um encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Durante o encontro, o presidente fez um “apelo” para que o público votasse na candidata petista. Dilma e Lula vestiam casacos brancos. Antes da petista, Marina Silva, candidata do PV à Presidência, já havia participa de um encontro promovido pela Fiep.
“É quase um apelo. O país que conheceu as virtudes que nos atingimos, é em nome de tudo isso que eu faço um apelo. A gente pode apostar em time de futebol, mas em política a gente ao aposta, e o melhor é Dilma”, disse o presidente.
Lula está no Paraná desde a noite desta sexta-feira (30). No sábado (31), ele participa de um comício com a candidata. Ao começar a falar, Lula brincou, dizendo que compromissos na sexta-feira à noite deveriam ser proibidos.
“Terá um dia neste país em que na sexta-feira, depois das 7h da noite, todos poderão tomar cerveja e não ficar fazendo discurso político."
Lula foi o último a discursar. No encontro, Dilma recebeu cerca de 40 perguntas feitas pelos empresários do estado. Ela falou por cerca de dez minutos. Entre os principais temas tratados pela candidata estiveram educação e a economia. Leia a seguir alguns trechos do discurso.
Educação
“Não haverá inovação se nós não formarmos matemáticos, físicos, engenheiros, biólogos e químicos. Não haverá inovação se não formarmos essas profissões com qualidade. Por isso é preciso que nossos jovens saibam ler uma texto e interpretar e saibam matemática. Isso precisa ser feito massivamente. Eu não imagino educação de qualidade sem professor bem pago. A gente vê por aí muita gente falando em educação de qualidade, agora pouca gente falando que é preciso pagar bem o professor e dar educação continuada. Eu vou dar prosseguimento à política de educação começada no governo Lula.”
Ensino profissionalizante
“Um dos maiores orgulhos que eu terei de continuar é o ensino profissionalizante. Tem muita gente por aí, e meu adversário é um deles, que fala bem, mas tem um pequeno problema. Houve uma lei em 1998 que proibiu na prática o governo federal de investir em escola técnica porque uma escola técnica para ser construída precisa de um ano de manutenção posterior. Hoje não vivemos um apagão de mão de obra qualificada. O Brasil é agora o país das oportunidade. Nós precisamos de profissionais capacitados, qualificados para agregar valor aos nossos produtos e para melhorar o trabalho."
Políticas sociais
“O Brasil precisa para virar uma economia desenvolvida, uma nação desenvolvida, fazer a inclusão dos 190 milhões de brasileiros. Um dos meus compromissos maiores é continuar as políticas sociais, que não é só o Bolsa Família. É também a política de valorização do salário mínimo, foi o Luz para Todos, a política industrial que nós fizemos. Uma das grandes realizações na área industrial foi ter clareza que tudo que podia ser produzido no Brasil foi produzido no Brasil.”
Crédito
“Hoje a gente vê gente dizendo que o BNDES está emprestando para grandes empreendimentos, como as hidrelétricas. Eu respondo: não haverá nenhum investimento de infraestrutrura no nosso país se não tiver um crédito de longo prazo. Antes cinco anos era o maior prazo de crédito do país. Hoje, emprestamos sim a 30 anos. É por isso que sai Santo Antônio, sairá a Belo Monte.”
BNDES
“Terrível foi aquele BNDES que financiou a compra de empresas públicas brasileiras por empresas internacionais. Algumas das quais quebraram lá fora. Isso sim temos de cobrar do BNDES. O governo do presidente Lula jamais supôs que nós faríamos os investimentos. O que nós fizemos foi organizar a demanda. Nos dão o projeto, vamos fazer os projetos, básicos, agora quem constrói é a iniciativa privada. É eles que precisam de crédito, sim. Crédito de boa qualidade.”
Segurança
“Acho que uma das grandes contribuições é o legado que o presidente Lula deixa, de um modelo de enfrentamento da violência urbana que está expresso no Pronasci. Aqui no Paraná temos de ter um cuidado especial com a região da fronteira. É o presidente Lula deu um passo grande com o Programa Sentinela com o apoio das polícias. E o combate ao crack, que eu considero uma das questão prioritária."
G1
