Mais um capítulo vergonhoso se soma à extensa lista de escândalos que corroem o tecido da administração pública brasileira. Desta vez, trata-se de um rombo estimado em R$ 6,3 bilhões nos cofres da Previdência Social — um valor estarrecedor, fruto da ação criminosa no coração do INSS.
No centro da crise está Alessandro Stefanutto, presidente do Instituto, indicado pelo atual ministro da Previdência no governo Lula. A operação, conduzida pela Polícia Federal, já cumpriu mais de 200 mandados de busca e apreensão e resultou, até o momento, em seis prisões.
O escândalo, contudo, não para por aí. O próprio ministro Carlos Lupi, autoridade máxima da pasta, havia sido formalmente alertado em 2024 por meios de comunicação como o Metrópoles. Ainda assim, tudo indica que optou pelo silêncio ou pela omissão. Na minha avaliação, o ministro também deveria ser afastado de suas funções até a completa apuração dos fatos.
O que nos indigna não é apenas o valor desviado, mas a recorrência dessa tragédia nacional. O Brasil parece ter se habituado a viver entre escândalos — como se corrupção fosse rotina, e a impunidade, norma.
Até quando vamos aceitar essa realidade sem reação?
Elcio Nunes
Cidadão Brasileiro
@elciojnunes