Nesta terça-feira, 10 de junho, o ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento no TSE, durante cerca de duas horas, encarando de frente o ministro Alexandre de Moraes e demais autoridades daquela corte. Mais uma vez, o país acompanhou a cena em rede nacional.
Réu, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente surpreendeu: intercalou o depoimento com piadas e até mesmo pediu desculpas ao relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes. Essa iniciativa, segundo algumas fontes, teria sido sugerida por seus advogados — e possivelmente também por conselheiros políticos próximos, como o ex-presidente Michel Temer, entre outros.
Foi um gesto de debilidade? Ou uma estratégia inteligente? Só o tempo poderá responder. É verdade que pedir perdão é nobre; mas, ao fazê-lo, implicitamente se admite alguma falha. Já as piadas naquele contexto soaram, no mínimo, deslocadas. Em dado momento, dirigiu-se ao ministro dizendo: “Te convido a ser meu vice em 2026.” Ao que Moraes respondeu, com firmeza: “Declino!”
Sinceramente, considero essa brincadeira inoportuna. Não caiu bem, nem mesmo entre parte de seus próprios seguidores mais fiéis.
A verdade é que tudo isso já se tornou cansativo. Esse duelo interminável — Bolsonarismo versus Lulismo — parece aprisionar o Brasil num ciclo de repetição exaustivo. Precisamos, com urgência, virar essa página e buscar um novo capítulo na história política nacional.
O Brasil clama por ordem e progresso.
Elcio Nunes
Cidadão Brasileiro