O ex-presidente Lula bateu o martelo e autorizou que Fernando Haddad seja oficializado como candidato do PT ao Planalto nesta terça-feira (11), em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso desde abril.Apesar dos recursos ainda pendentes no Supremo Tribunal Federal – e a decisão inicial de Lula de tentar esperar mais um pouco -, o ex-presidente bateu o martelo nesta segunda-feira e começou a trabalhar na sua substituição.
Em detalhes fechados nesta segunda-feira (10), durante conversas dentro de sua cela com o próprio Haddad e advogados, Lula decidiu que o anúncio da troca na chapa petista será feito após reunião da executiva nacional da sigla, na capital paranaense.
A decisão de fazer um ato em Curitiba para a oficialização de Haddad foi antecipada pelo Painel, da Folha.
Ladeado pelos dirigentes da sigla, com o objetivo de mostrar união, Haddad fará um pronunciamento à militância e também haverá a leitura de uma carta escrita pelo ex-presidente.
Lula pediu a colaboração de diversos aliados, que enviaram mensagens a ele sobre como fazer a substituição do posto.
Haddad passou o dia em conversas com o padrinho político, ajustando os detalhes que constam da carta e de seu discurso.
Termina às 19h desta terça-feira (11) o prazo para a coligação formada por PT, PCdoB e PROS apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um substituto para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na chapa à corrida presidencial de outubro.
Na madrugada do último dia 1º, por seis votos a um, o TSE barrou a candidatura de Lula com base na Ficha Limpa, e deu dez dias corridos para que a coligação substituísse o ex-presidente na chapa.
A lei define que uma pessoa se torna inelegível quando o processo transita em julgado (quando não cabe mais recurso) ou quando é condenada por órgão colegiado da Justiça – caso do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), onde Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Os advogados do petista tentaram adiar o prazo de substituição para o próximo dia 17 de setembro (prazo final para substituição de todos os candidatos), alegando que não haveria tempo hábil para que os partidos que integram a coligação se reunissem e deliberassem sobre o substituto.
Na Paraíba, Hadad é apoiado pelo candidato do PSB João Azevedo, que tem como candidatos a senadores Veneziano Vital do Rêgo (PSB), e Luiz Couto (PT).
Redação
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