O governo não quer a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras envolvida na investigação da suspeita levantada pela ex-secretária da Receita Lina Vieira, de que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, teria lhe pedido para ?agilizar a fiscalização do filho do Sarney?. E também não aceitará a convocação de Dilma para explicar um assunto que, para a assessoria dela, ?é de palavra contra palavra?. Ontem, a assessoria da ministra afirmou que ?não houve reunião? entre Dilma e Lina e que ?jamais a ministra fez tal pedido?. Para o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, ?é preciso que as coisas sejam despartidarizadas” na comissão.
Em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, Lina disse que o solicitação teria sido feito em reunião no Planalto, depois de o juiz Ney Bello Filho, da 1ª Vara Federal do Maranhão, ter autorizado uma ampliação das investigações da Operação Boi Barrica. Lina afirmou que entendeu o pedido de Dilma como um recado ?para encerrar? as investigações.
Múcio disse que esse assunto não pode politizar a CPI da Petrobras. “Conhecendo a ministra Dilma como conheço, não acredito que ela tenha feito tal pedido.? Para ele, ?está aberta a temporada de ressentimentos e denuncismo?. ?Os assuntos políticos já foram separados. A CPI da Petrobras vai ser esclarecedora, mas é preciso despolitizar e ”desemocionalizar” os temas.?
Estadão