A secretária de Meio Ambiente da Capital, Lígia Tavares (na foto ao lado), revelou que até o fim deste ano, 20.000 árvores nativas da Mata Atlântica serão plantadas pela Prefeitura Municipal de João Pessoa em diversos bairros da cidade.
Recifes submersos são a solução
Lígia me disse que a opção correta para conter a queda da falésia do Cabo Branco é a construção de recifes submersos, ao contrário dos gabiões e paredes de concreto sugeridos pela gestão anterior, do ex-prefeito Cícero Lucena (hoje senador da República e presidente do diretório estadual do PSDB).
Contestando Cícero Lucena
Ela condenou peremptoriamente uma antiga proposta feita pelo ex-prefeito tucano, no sentido de erguer uma barreira de pedras graníticas em forma de dique, no entorno da falésia do Cabo Branco, no local onde hoje existem as piscinas naturais criadas pela faixa de marés.
Asfalto na faixa das marés
Pelo projeto de Cícero, em cima do dique de pedras, seria feita uma pista de rolamento em concreto ou asfalto, sobre uma camada protetora de pó-de- brita, contornando toda a extensão da falésia, desde a atual Praça de Iemanjá (na altura do restaurante Bargaço) até a Ponta do Seixas, formando um recife artificial para conter a força da erosão provocada pelas correntes marinhas.
Estação Ciência perde teatro
A secretária revelou que o projeto de construção de um Teatro Municipal, como prédio-anexo à Estação Ciência, Cultura & Artes, localizada na ponta do Cabo Branco, foi descartado para não impactar ainda mais o solo argiloso existente no local, evitando assim criar novos problemas relacionados ao manejo ambiental, na mesma área do farol, que está em crescente processo de erosão, há anos.
Prefeitura inaugura horto
Nesta quinta-feira, a prefeitura vai inaugurar o Horto Municipal Florestal, que fica localizado no conjunto “Cidade Verde”, na Zona Sul da cidade. É de lá que sairão as 20 mil mudas de arvores frutíferas e plantas nativas para rearborização da Capital.
Capital ecologicamente pioneira
Há apenas quatro meses no cargo, Lígia já conseguiu fazer com que João Pessoa fosse o primeiro município brasileiro a entrar no Plano Nacional de Recuperação da Mata Atlântica, bancado pelo Governo Federal.
Do rádio para a universidade
Lígia Tavares começou sua carreira pública trabalhando como locutora na rádio “FM Classe A”, pertencente ao Sistema Correio de Comunicação, no início da década de 1990, porque possuía uma linda voz ao microfone e falava fluentemente o idioma inglês, necessário para quem fosse atuar como DJ nas emissoras da época, que executavam muitos sucessos do hit parade internacional.
Especialização acadêmica
Depois dessa experiência inicial como radialista, ela resolveu dedicar-se aos estudos universitários e especializou-se cada vez mais em Ecologia e Meio Ambiente, até ser alçada ao cargo que ocupa hoje, na esfera administrativa da prefeitura municipal de João Pessoa.
Geógrafa com doutorado
Seu nome completo é Lígia Maria Tavares da Silva. Ela possui Doutorado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense do Rio de Janeiro (2007), Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (1995), Especialização em Geografia e Gestão Territorial pela Universidade Federal da Paraíba (1992) e Graduação em Geografia também pela UFPB (1990).
Pesquisadora em urbanismo
Além de secretária municipal de Meio Ambiente, ela é professora do Departamento de Geociências da Universidade Federal da Paraíba e do Programa de Pós-graduação em Geografia do mesmo departamento. Nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, ela atua nas áreas de Geografia Urbana e Meio Ambiente.
