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Fed vai comprar mais US$ 600 bilhões em títulos públicos

Fed vai comprar mais US$ 600 bilhões em títulos públicos

Governo quer aumentar liquidez e impulsionar crescimento econômico. BC dos EUA também decidiu manter taxa básica de juros entre 0 e 0,25%.
 

O Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) anunciou nesta quarta-feira (3) que irá adquirir mais US$ 600 bilhões em títulos públicos até a metade do próximo ano, o chamado "quantitative easing". A medida é uma tentativa de impulsionar a lenta recuperação econômica do país, reduzindo ainda mais os custos dos empréstimos para consumidores e empresas, que ainda sofrem com o período posterior à pior recessão desde a Grande Depressão.

O anúncio ocorre ao final da reunião de dois dias que também decidiu por manter a taxa básica de juros da economia e 0 e 0,25% ao ano. O banco central também reiterou que as taxas de juro ficarão baixas por período prolongado.

A ajuda consiste, basicamente, em comprar grandes quantidades de títulos detidos pelos bancos comerciais como forma de injetar recursos no sistema financeiro. Com a taxa de juros já tão próxima a zero, o “quantitative easing” é visto como uma das poucas formas restantes de aumentar os recursos em circulação.

Como resultado, ocorre um aumento nas reservas dos bancos comerciais, que passam a poder emprestar mais. A liquidez maior, em teoria, impulsiona o crescimento da economia, aumenta as perspectivas de inflação e reduz as taxas de juros reais.

"O Comitê tem a intenção de comprar mais US$ 600 bilhões em títulos de longo prazo do Tesouro até o final do segundo trimestre de 2011, a um ritmo de cerca de US$ 75 bilhões por mês. O Comitê irá rever regularmente seu ritmo de compras de títulos e o tamanho total do programa de compras tendo em vista novas informações e irá ajustar o programa conforme necessário, de forma a promover a maior criação de empregos e estabilidade de preços", afirmou o Fed em comunicado.

O primeiro programa de compra de bônus do governo pelo Fed, de US$ 1,75 trilhão, foi executado entre dezembro de 2008 e março de 2010 e teria ajudado as atividades quando os EUA foram atingidos pela crise financeira e por uma profunda recessão.

O Fed indicou que o ritmo de recuperação da economia e de criação de empregos continua lento. Os gastos das famílias têm crescido gradualmente, mas seguem limitados pelo alto desemprego, baixo crescimento da renda e crédito restrito. "Os empregadores seguem relutantes em aumentar suas folhas de pagamento", diz o órgão.

Com informações da Reuters

 

 

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