Mais de 200 famílias carentes continuam de forma improvisada num acampamento no bairro do Valentina Figueiredo, em João Pessoa. Das 758 famílias despejadas no último dia 28/03 de um terreno no bairro Muçumago, essas mais de duzentas revelam que só sairão do local quando a Prefeitura de João Pessoa lhes entregar moradias para morar.
Segundo foi comentado pela mídia radiofônica da capital a maioria das famílias não aceitou ser transferida para o ginásio do CPDAC (Centro Profissionalizante Deputado Antonio Cabral), no Valentina. A posição tomada de realocar essas pessoas para o ginásio foi tomada em uma reunião realizada na última segunda-feira (1º), com representantes do Ministério Público Federal, da Prefeitura de João Pessoa, do Governo do Estado, da Defensoria Pública do Estado, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PB) seccional Paraíba e do Núcleo de Direitos Humanos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Em entrevista a uma emissora local a defensora pública responsável pelo caso, Raíssa Palitot, disse que a decisão de transferir as famílias foi decidida com a participação de poucos representantes das famílias. Raíssa Palitot disse que eles tomaram essa decisão por receio de perder a assistência dos serviços da prefeitura. Idependente das péssimas condições em que estão morando, os desabrigados afirmaram ontem que só sairão de lá se o prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo providenciar moradia para todos. "A gente não quer só comida, a gente quer casa para morar", disse a representante das famílias desabrigadas do Muçumago, Cristiane Lourenço da Silva.
Redação
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