A nova regra de fidelidade partidária, pela qual o mandato pertence ao partido e não ao candidato eleito, já fez vítimas no Brasil, mas mesmo assim não impediu certa movimentação, como sempre, na última semana para o prazo de filiação partidária de quem vai concorrer à eleição de 2010.
Claro que em menor grau. Mas não foi suficiente, por exemplo, para assustar deputados como Manoel Júnior, Marcondes Gadelha, Guilherme Almeida, Leonardo Gadelha, Carlos Batinga e suplentes que estão no mandato, como Nadja Palitot e Expedito Pereira. Todos do PSB, mas alérgicos ao girassol de Ricardo Coutinho.
Todos pagaram pra ver e vão até outubro de 2010 viver entre a cruz e a espada de um processo tramitando na Justiça e reivindicando seus mandatos. Uma dor de cabeça que deverá ser gerenciada com remédios jurídicos e farmacêuticos.
O que acontece nesta sexta, na verdade, é um reagrupamento de exércitos das duas tendências políticas que certamente vão brigar pelo governo do Estado em 2010.
Tanto que o PMDB do governador Maranhão e o PSB do prefeito Ricardo Coutinho estão polarizando as filiações desta sexta. No mesmo horário, inclusive.
È certo que Maranhão abocanha uma fatia maior do bolo, colocando do seu lado, de cara, seis deputados no exercício do mandato. E Ricardo, com a decisão do ex-governador Cássio em ficar no PSDB, registrando apenas algumas lideranças, a exemplo do ex-deputado Inaldo Leitão e do suplente de deputado Ricardo Barbosa.
Mas daqui pra manhã há um clima de novidades nos jardins do girassóis. Além de outros nomes que estão sendo guardados a sete chaves, o ex-senador Ney Suassuna, por exemplo, faz segredo.
De qualquer forma, depois desta sexta, os exércitos estarão devidamente fardados para a guerra de 2010. Embora um ou outro “soldado”, menos corajoso, tenha decidido permanecer em quartel inimigo, com medo de perder o posto.