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Esquizofrenia geral

    O prefeito Ricardo Coutinho chama o seu companheiro de partido Guilherme Almeida de esquizofrênico. Leio, nas entrelinhas, que a crítica é extensiva a todos os pessebistas que ousam discordar do seu líder maior. Todos esquizofrênicos.

    Mas estaria, também, o prefeito esquizofrênico?

    Afinal, motivos não lhe faltam: há tanto tempo na prefeitura e ainda está empatado com o governador José Maranhão na disputa para o governo em 2010. Some-se a isso, além dos “esquizofrênicos pessebistas”, o fato de que cinco diretórios do PT decidem apoiar Maranhão, num momento em que qualquer baixa no interior do Estado é um tremendo golpe para o prefeito. Na conjuntura apontada pela pesquisa deste portal, ele não pode perder nenhum votinho sequer.

    Estaria – ou sempre foi – o PT esquizofrênico?

    O PSDB está claramente dividido. Uma banda pende para o apoio ao prefeito Ricardo, já defendido por Cássio Cunha Lima como algo que pode vir a ser “natural”; outra para a candidatura do senador Cícero Lucena ao governo. Os tucanos se bicam em plena crise, batem as asas e voam pra lugar nenhum. A imprensa, ávida por novidades, fica fuçando as duas possibilidades, sem conseguir chegar a uma conclusão lógica, enquanto Cícero prefere acreditar que as rusgas entre o governador e o prefeito são apenas jogo de cena pra enganar a oposição.

    Estariam Cássio, Cícero e a imprensa esquizofrênicos?

    E Maranhão, que nomeia-desnomeia, não faz mais obras e nem sequer consegue completar seu governo? Também não estaria esquizofrênico?

    A esquizofrenia teria chegado até aos nanicos. O PTN, calo do prefeito, dá um ataque de esquizofrenia e vira a casaca.

    E enquanto a política toda simula uma síncope, os eleitores, aturdidos, assistem a tudo ora incrédulos, ora desanimados, ora revoltados. Mas são os únicos que podem dar um jeito nessa doideira toda em 2010. Isso se, até lá, não estiverem também esquizofrênicos.


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